Regina Duarte enfrentou nova moderação do Instagram por disseminar informações falsas de caráter político, desta vez mentindo sobre um show do cantor Nando Reis. A ex-atriz postou um vídeo manipulado para mostrar supostas vaias e gritos de “mito” contra o cantor durante uma performance no Rock in Rio de 2022, após criticar Jair Bolsonaro. O vídeo ganhou tração entre simpatizantes do político, especialmente após ser compartilhado por Duarte com a legenda “mito”, remetendo ao apelido atribuído ao ex-presidente por seus apoiadores.
As imagens não são novas e já tinham sido disseminadas nas eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente do Brasil.
Ao sinalizar a postagem, o Instagram enfatizou que o conteúdo tinha sido desacreditado por “verificadores de fatos independentes”. A rede social esclareceu que a gravação não ocorreu no Rock in Rio de 2022, um evento do qual Nando Reis nem participou, e que o áudio com vaias e gritos de “mito” foi adicionado posteriormente para forjar uma hostilidade do público ao cantor.
Mesmo assim, nos comentários, seguidores da ex-atriz alucinaram que estavam lá e testemunharam tudo.
O Verdadeiro evento
Conforme apurado pela agência Lupa, a apresentação de Nando Reis aconteceu no festival Prime Rock Brasil, em Belo Horizonte, em 16 de julho de 2022. Durante o evento, o cantor recebeu uma liderança indígena no palco, expressou apoio à causa dos povos originários e teve reações mistas ao pedir “fora, Bolsonaro”.
Histórico de advertências
Não é a primeira nem a décima vez que Regina Duarte compartilha informações falsas e é advertida pelo Instagram. A reincidência foi tanta que a plataforma chegou a inserir um alerta para quem tenta seguir o perfil da atriz, informando que ele é conhecido por espalhar “informações falsas”.
A lista de posts da atriz marcados como fake news pelo Instagram começam em 2020, quando Regina Duarte passou a trabalhar contra a prevenção da covid-19. Para dar uma ideia, seguem algumas das piores mentiras divulgadas por Regina Duarte na rede social.
Durante 2020, postou incontáveis posts com informações falsas sobre a covid-19.
Disseminou inverdades sobre a eficácia das vacinas.
Questionou, sem qualquer embasamento, a transparência do processo eleitoral brasileiro.
Sugeriu, erroneamente, que o código-fonte das urnas não foi disponibilizado para inspeção.
Propagou a informação incorreta de que a faixa usada na posse do presidente era falsa.
Reproduziu uma declaração de Lula fora de contexto, dando a entender que ele defendeu a mentira como uma arma política, quando na verdade o contexto original da declaração era uma crítica a esta prática.
Atribuiu falsamente a paralisação da Operação Carro-Pipa ao presidente Lula, sendo que o programa foi suspenso por Bolsonaro.
Divulgou a informação falsa de que Lula teria aumentado o auxílio-reclusão para um valor maior que o salário mínimo.
Disseminou a notícia falsa de que o novo governo não aumentaria o salário mínimo.
Espalhou informações falsas sobre a covid-19, como a afirmação de que a vacina alterava a genética.
Compartilhou uma notícia inverídica que afirma que os yanomamis em estado de desnutrição são venezuelanos, quando na verdade, eles estão em território brasileiro, sob responsabilidade do governo federal.
Duvidou publicamente que o povo yanomami estivesse passando fome.