Mia Khalifa é demitida ao comemorar ataque do Hamas a Israel

Mia Khalifa, ex-atriz pornô e apoiadora da causa palestina, gerou controvérsia ao comemorar ataques do grupo extremista Hamas em território israelense. A libanesa comparou a imagem dos terroristas a um quadro renascentista […]

Instagram/Mia Khalifa

Mia Khalifa, ex-atriz pornô e apoiadora da causa palestina, gerou controvérsia ao comemorar ataques do grupo extremista Hamas em território israelense. A libanesa comparou a imagem dos terroristas a um quadro renascentista e entrou em confronto com a influenciadora Kylie Jenner e a atriz Jamie Lee Curtis, que manifestaram apoio a Israel. Acabou o dia demitida por uma empresa que contratava seus serviços como influenciadora.

Comentários e conflitos

Ao abordar o conflito entre Israel e Hamas, que já contabiliza 1.200 mortos, Khalifa pediu aos militantes que filmassem os registros dos conflitos na horizontal. “Eu só quero ter certeza de que haverá imagens em 4K do meu povo quebrando as paredes da prisão ao ar livre em que foram forçados a sair de suas casas, para que tenhamos boas opções para os livros de história que escrevem sobre como eles se libertaram do apartheid”, afirmou.

Khalifa também criticou Kylie Jenner por seu apoio a Israel. “Se existir jornalismo verdadeiro, a próxima pessoa a falar com Kylie Jenner pedirá sua opinião sobre as tensões geopolíticas no Oriente Médio e não perderá o contato visual até que ela consiga juntar uma frase coerente, já que ela deseja tanto tomar uma posição diante de seus 400 milhões de seguidores”, disse. A publicação foi apagada horas depois.

Entretanto, ela manteve uma crítica à Jamie Lee Curtis, que publicou uma foto de crianças palestinas sob ameaça de ataques aéreos como se fossem israelenses. “Descolonizem aquele Oscar e o devolvam à sua legítima vencedora, Angela Basset”, escreveu, desmentindo a imagem e aludindo ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante conquistados por Curtis pelo filme “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo”.

Demissão por rede social

A conta da Red Light Holland, que tinha a influenciadora como garota-propaganda, reagiu com indignação às declarações de Khalifa. “Considere-se demitida imediatamente. Simplesmente nojento. Além de nojento. Por favor, evolua e se torne um ser humano melhor. O fato de você tolerar a morte, a violação, os espancamentos e a tomada de reféns é verdadeiramente nojento. Nenhuma palavra pode explicar sua ignorância”, escreveu o perfil comercial no Twitter.

Em resposta à crítica, Khalifa ironizou a perda de oportunidades de negócios. “Eu diria que apoiar a Palestina me fez perder oportunidades de negócios, mas estou mais zangada comigo por não ter verificado que estava fazendo negócios com sionistas. Meu erro”, declarou.

Mia Khalifa foi banida do Líbano, seu país natal, por sua ligação com a indústria pornográfica. Ela abandonou a atividade em meados da década passado, em meio a ameaças de morte do Estado Islâmico, e tem ganhado destaque como influenciadora nas redes sociais ao comentar pautas diversas, até a CPI da Covid, após ser citada num debate. Ela também mantém um perfil no OnlyFans, plataforma de conteúdo adulto por assinatura, onde vende apenas “conteúdos sugestivos de nudez”.

O conflito entre Israel e Hamas entrou em seu terceiro dia nesta segunda-feira (9/10), com um “cerco completo” a Gaza, segundo Yoav Gallant, ministro da Defesa israelense. “Não há eletricidade, não há comida, não há água, não há combustível”, disse Gallant.