“Transformers: O Despertar das Feras” sai dos cinemas com pior bilheteria mundial da franquia

Longe do tempo em que “Transformers” parecia intocável, quando os filmes dirigidos por Michael Bay arrecadavam mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias mundiais, “Transformers: O Despertar das Feras” encerrou sua exibição […]

Divulgação/Paramount Pictures

Longe do tempo em que “Transformers” parecia intocável, quando os filmes dirigidos por Michael Bay arrecadavam mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias mundiais, “Transformers: O Despertar das Feras” encerrou sua exibição nos cinemas na quinta-feira (17/8) com uma arrecadação total de US$ 436,6 milhões mundiais.

Trata-se da menor bilheteria da franquia, abaixo até dos US$ 468 milhões do filme solo de “Bumblebee”. E poderia ser ainda pior se o filme não tivesse conseguido acesso às bilheterias chinesas, onde faturou US$ 91 milhões.

Com custos de produção estimados em US$ 195 milhões, fora as despesas de P&A (cópias e publicidade), “O Despertar das Feras” não se pagou com a venda de ingressos.

Essa diferença financeira explica a volta da segunda janela em VOD (locação digital) neste ano, onde os estúdios estão buscando recuperar seus investimentos, ao contrário do período da pandemia, onde o VOD foi ignorado em favor de lançamentos exclusivos em plataformas de assinatura, com o objetivo de usar blockbusters para atrair assinantes ao streaming. Com os fracassos de 2023, as plataformas dos estúdios, como a Paramount+ dos “Transformers”, passaram a ser consideradas agora a terceira janela de Hollywood.

 

O futuro da franquia

O desempenho abaixo do esperado deve afetar os futuros desenvolvimentos da franquia, inclusive o projeto da Paramount para um crossover com “G.I. Joe”.

O diretor Steven Caple Jr. (“Creed 2”) chegou a revelar planos para continuar à frente dos “Transformers”. Durante entrevista ao podcast “Crew Call”, do Deadline, ele disse ter entrado em negociações com o estúdio para concretizar o crossover sugerido no último filme.

Entretanto, o fracasso financeiro e também de crítica – apenas 52% de aprovação no Rotten Tomatoes – pode representar o fim da linha para o diretor e, talvez, para os planos mais ambiciosos da franquia.