Luísa Sonza quebra a internet com o lançamento do disco “Escândalo Íntimo”

Luísa Sonza quebrou a internet na noite de terça-feira (29/8) com o lançamento do seu terceiro álbum de estúdio, intitulado “Escândalo Íntimo”. O nome da artista e de quase todas as faixas […]

Instagram/Luísa Sonza

Luísa Sonza quebrou a internet na noite de terça-feira (29/8) com o lançamento do seu terceiro álbum de estúdio, intitulado “Escândalo Íntimo”. O nome da artista e de quase todas as faixas do disco (de forma individual) foram parar nos tópicos mais comentados do Twitter por várias horas. As participações e homenagens também ganharam discussões, de Demi Lovato a Rita Lee. Em resumo, o Brasil praticamente só falou de “Escândalo Íntimo” durante as últimas horas de terça e as primeiras desta quarta (30/3).

As reações contrastam com a incompreensão gerada pelo começo da divulgação com “Campo de Morango”. Todas as vozes digitais exaltam a obra, admiradas com o talento da artista e com detalhes da obra, desde a transição entre as faixas até o feat em que Demi Lovato canta em português.

 

Estrutura e participações

Num surto de criatividade, o álbum gravado em Los Angeles soma 24 faixas, mas apenas 18 foram liberadas neste primeiro momento. Com influencias variadas, do funk à bossa nova, passando pelo rock, sertanejo, samba, baladas românticas, música eletrônica, psicodélica e até milonga, o disco surpreende pela forma como essa mistura emerge com forte unidade, amarrada numa apresentação conceitual.

O projeto é segmentado em quatro blocos distintos, em que a cantora explora diferentes fases de um relacionamento: paixão, amor, decepção e superação. Em cada bloco, há faixas com colaborações de peso, como a americana Demi Lovato (cantando em português) em “Penhasco 2”, Marina Sena em “Romance em Cena”, Baco Exu do Blues em “Surreal”, Duda Beat em “Ana Maria”, Maiara e Maraisa na ainda inédita “Bêbada Favorita” e Kayblack na também inédita “Sagrado Profano”, além de samples dos falecidos Rita Lee e Abílio Manoel (do samba rock clássico “Luisa Manequim”).

O disco também inclui algumas homenagens, de Ana Maria Braga (em “Ana Maria”) a Rita Lee (“Lança Menina”), passando pelo atual namorado da artista (“Chico”). Musicalmente, o disco também soa como uma grande homenagem ao pop rock feminino do Brasil nos últimos 50 anos, lembrando Gal Costa, Rita Lee, Marina Lima, Kid Abelha, Pato Fu e Pitty. Mas o grande assunto e principal referência do disco é mesmo Luísa Sonza.

 

Inspiração introspectiva

O conceito do álbum foi fortemente inspirado pela própria experiência de vida da artista e pela sua relação consigo mesma. O processo criativo foi desencadeado após um período emocionalmente desafiador, em meio ao sucesso de seu segundo álbum, “Doce22”. Na época em que devia estar festejando a consagração musical, Luísa foi muito atacada nas redes sociais, devido a seus relacionamentos e também algumas atitudes, e enfrentou crises de saúde mental, incluindo pensamentos de autossabotagem e síndrome de pânico, o que é refletido nas novas faixas.

A artista contou com o suporte de uma psicanalista, Nathalie Nery, para desenvolver a temática e as composições. Nery, que também é artista plástica, ajudou a cantora a mergulhar no subconsciente e interpretar seus sonhos, fornecendo assim um pano de fundo surrealista e psicanalítico ao trabalho. Isto também desnudou o ego da cantora, que fez as letras mais assertivas de sua carreira.

 

Primeiro impacto

Duas faixas, “Campo de Morango” e “Principalmente Me Sinto Arrasada”, foram lançadas previamente e causaram um frisson nas redes sociais. Os vídeos dessas canções já acumularam mais de 13 milhões de visualizações em menos de duas semanas, e especulações sobre os significados das letras inundaram a internet. Luísa também colecionou mais críticas com os lançamentos, especialmente pelo clipe da primeira, mas se algo fica claro com o novo disco é como seu couro está curtido.

 

Acompanha um filme

A ambição do álbum vai além da música e se expande para outras formas de arte. “Escândalo Íntimo” é também o título de um álbum visual dirigido por Diego Fraga, de onde saíram os primeiros clipes. O filme que acompanha as faixas propõe mostrar um lado mais íntimo e vulnerável da cantora, focando em seu subconsciente e atos autoconscientes. No entanto, ainda não há informações sobre sua data de lançamento.

 

Músicas e reações

Ouça o disco abaixo e confira algumas das reações apaixonadas das redes sociais.