O colunista Lucas Pasin contou nesta quinta-feira (31/8) que recebeu uma ligação de Faustão por volta das 7h30 “com a mesma imponência da voz que estamos acostumados a ouvir na televisão”. Segundo ele, o apresentador se mostrou disposto a trocar conversas sobre a recuperação cirúrgica.
“Pode perguntar o que quiser. Estou me sentindo ótimo. Por mim, eu saía daqui amanhã, estou abismado com a minha recuperação. Não tenho nada para reclamar. Sinto apenas uma leve dor nas costas, é um detalhe perto de tudo que aconteceu”, afirmou Faustão.
Bastante emocionado, Faustão comentou sobre a sensação inexplicável de ter um novo coração: “Sinto como se o meu coração batesse ainda mais forte, é uma sensação única. Tiveram que tirar um monte de entulho de dentro de mim, e colocaram um coração novo, de um garotão de 35 anos. É algo que me faz sentir muito vivo”.
O apresentador foi questionado sobre seu primeiro pensamento depois de acordar do transplante de coração, no qual ele aproveitou para fazer um apelo para possíveis doadores. “O meu primeiro pensamento foi: eu preciso motivar a doação de órgãos”, garantiu.
“O Brasil tem que ser o primeiro lugar do mundo. Tem que existir mais projetos. Precisamos fazer alguma coisa para melhorar isso, e pensarmos nos próximos. Precisamos usar a fé na doação. Se eu não tivesse fé, não estaria vivo.”
“Ontem (30/8) parecia que eu estava num dia normal na minha vida. Sentei, andei, conversei. É um absurdo poder fazer tudo isso. Só tenho a agradecer aos meus médicos e ao SUS. Tudo isso também é graças ao SUS. Não é porque eu tenho dinheiro que estou bem. Tudo isso que eu fiz também é feito no SUS, e isso precisa ser valorizado. É importante que todos se informem sobre, e essa será agora a minha missão”, completou Faustão.
Eternamente grato
Além de tranquilizar seus fãs, Fausto Silva também fez questão de mandar um recado para a família do doador do órgão. O apresentador deixou claro que está emocionado com a generosidade que melhorou sua qualidade de vida no último domingo (27/8).
“Quero muito agradecer o doador, na pessoa do pai dele. A sua imensa generosidade de permitir que eu continuasse vivendo. Não tenho como agradecer a esse pai, a viúva e o irmão desse moço, que eu sei era um atleta. Transportar para outra pessoa o direito de continuar viver é muito mais que uma generosidade. Foi uma benção que Deus me deu”, disse, desta vez em conversa com o jornalista Flávio Ricco.
Faustão também ficou surpreso com a rapidez e tranquilidade do pós-operatório: “Estou cada vez melhor. É impressionante! Eu não sinto dor alguma. Mas já estou andando, sentando, isso três dias depois da cirurgia”.