Júlia Gomes, conhecida por interpretar Marian na segunda versão brasileira de “Chiquititas” (2013), compartilhou no Instagram uma experiência assustadora que viveu ao viajar em um carro de aplicativo. Segundo a atriz, o motorista usou alguma substância que quase a fez perder os sentidos, deixando “todo meu corpo formigando”.
O início da viagem
A atriz estava na Barra, no Rio de Janeiro, e em ligação com sua mãe antes de entrar no carro do aplicativo. Durante a viagem, tudo estava tranquilo até que o motorista parou o carro no meio da rua, em São Conrado. Ele saiu para verificar algo no porta-malas e, ao retornar, colocou uma máscara. Foi então que ela começou a sentir um cheiro muito forte, descrito como uma mistura de álcool com acetona.
O pavor diante dos sintomas
“Estava um pouco de trânsito e eu comecei a sentir um cheiro muito forte, eu nunca tinha sentido esse cheiro na minha vida, um cheiro de álcool com acetona, algum gás… Lembrando que eu estava com a minha mãe no telefone o tempo todo. Eu perdi a fala. Minha mãe estava conversando comigo no telefone e eu parei de responder”, relatou a atriz.
Ela admitiu que estava com muito medo e descreveu os sintomas físicos que sentiu: “Eu não sabia o que estava acontecendo porque meu corpo estava muito estranho, eu não conseguia falar, eu não sentia mais a minha perna, eu sentia a minha perna dormente, o meu braço formigando, todo meu corpo formigando”.
A fuga e o socorro
Assim que o carro parou no trânsito, Júlia abriu a porta e conseguiu sair, mesmo estando quase desmaiada. Ela entrou em um estabelecimento onde foi ajudada.
“Eu estava branca, pálida, tremendo, eu não sei o que ia acontecer comigo se eu continuasse dentro daquele carro ou se eu não tivesse me ligado do cheiro, porque tinha um cheiro bizarro que realmente deu reação no meu corpo”, afirmou.
Atriz faz alerta
Por fim, a atriz deixou um alerta aos seguidores e deu algumas dicas para garantir a segurança ao usar carros de aplicativo. “Graças a Deus, eu estou bem, consegui voltar em segurança. O que eu quero avisar é: tomem cuidado! Entrou em um carro de aplicativo, manda a localização para a sua mãe, para a sua amiga”, indicou.
Depois do susto, Júlia registrou uma queixa criminal. “Fui até a delegacia, fiz B.O., denunciei o motorista no aplicativo e fiz tudo o que estava ao meu alcance”, ela acrescentou em uma postagem posterior.
Denúncias se multiplicam
A história de Júlia Gomes não é um caso isolado. Desde o ano passado, o “golpe do gás” ou “golpe do spray” tem rendido diversos relatos nas redes sociais, sempre de mulheres que usam de carros de aplicativos. Segundo as vítimas, o padrão é bastante parecido: vidros da parte traseira dos carros fechados e, após um tempo de corrida, um odor invade o ambiente, seguido por uma dormência no corpo.
O golpe já rendeu cerca de uma centena de boletins de ocorrência só em São Paulo, geralmente descrevendo os mesmos sintomas. Entretanto, os inquéritos não encontraram evidências de contaminação toxicológica nas vítimas ou nos automóveis que foram periciados.
A Uber até debateu o assunto no 16º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O painel “Golpe do gás na Uber: o aumento da sensação de insegurança a partir da desinformação” tinha o intuito de tentar tranquilizar a sociedade, reforçando que nada estava acontecendo e nada foi provado.