Elenco de “Riverdale” desabafa sobre pressões ao fim da série: “Foi difícil”

Após sete temporadas, “Riverdale” está chegando ao fim, e o elenco decidiu compartilhar seus pensamentos sobre a série, incluindo as pressões de serem símbolos sexuais, as críticas constantes nas redes sociais e […]

Divulgação/The CW

Após sete temporadas, “Riverdale” está chegando ao fim, e o elenco decidiu compartilhar seus pensamentos sobre a série, incluindo as pressões de serem símbolos sexuais, as críticas constantes nas redes sociais e as histórias cada vez mais absurdas que marcaram as últimas temporadas. Em uma entrevista coletiva com a Vulture, Lili Reinhart admitiu que não foi fácil saber que “nosso programa era muito zoado”.

 

Alvo de piadas

Embora “Riverdale”, baseada nos personagens da Archie Comics, tenha sido recebida com elogios durante a 1ª temporada em 2017, as tramas ficaram progressivamente mais extravagantes. O que eram episódios de dramas de escola e romance logo viraram batalhas contra serial killers e até contra o diabo, além de incluírem abduções alienígenas, bruxaria e viagens no tempo. Isso levou os fãs a postarem compilações de momentos insanos do programa nas redes sociais, atraindo muitos comentários e críticas negativas.

A intérprete de Betty Cooper lamentou esta percepção: “Realmente não foi fácil sentir que você é o alvo de uma piada. Todos nós queremos ser atores; somos apaixonados pelo que fazemos. Então, quando a absurdidade de nosso programa se tornou um ponto de discussão, foi difícil.”

Camila Mendes, que interpreta Veronica Lodge, defendeu os roteiros de Roberto Aguirre-Sacasa, criador da atração, lembrando que se trata de uma adaptação de quadrinhos. Ela comparou “Riverdale” aos filmes de super-heróis. “Os filmes de super-heróis são a principal coisa nas bilheterias hoje em dia, e essas são as histórias mais absurdas que você pode imaginar!”, exclamou ela. Ela citou personagens de “Os Guardiões da Galáxia” da Marvel como exemplo: “Você tem um guaxinim falante lutando contra alienígenas no espaço! Ninguém diz: ‘Isso não faz sentido.’ Somos uma história em quadrinhos; é para ser divertido, fictício e estranho.”

 

Pressão de ser símbolo sexual

KJ Apa, que vive Archie Andrews, falou abertamente sobre a pressão de ser um símbolo sexual na série. “Pode mexer com sua cabeça um pouco”, confessou ele. Apa inicialmente gostou da ideia de mostrar seu corpo, mas rapidamente descobriu os contras. “Você tem que se manter constantemente em forma incrível. Isso pesa”, admitiu ele, lembrando que qualquer cena era desculpa para tirar a camisa.

Madelaine Petsch, Lili Reinhart e outros membros do elenco também compartilharam suas lutas com a imagem corporal. Petsch, intérprete de Cheryl Blossom, revelou que chorou durante uma sessão de fotos de lingerie, quando nenhum sutiã ficou bom, enquanto Reinhart falou sobre o desafio de crescer junto do programa e ver constantemente imagens de si mesma quando era mais jovem. “Meu corpo não se parece mais com isso”, disse Reinhart, sobre as cobranças de se manter com corpo de adolescente por sete anos.

Apa também falou sobre a pressão de manter o cabelo vermelho por sete anos, dizendo que está ansioso para “não ter cabelo vermelho” e recuperar parte de sua identidade.

No final da entrevista, Reinhart expressou gratidão pelo trabalho, mas acrescentou que provavelmente todos concordariam que “nunca mais faremos algo com mais de 100 episódios” na carreira.

O último episódio de “Riverdale” vai ao ar na próxima quarta (23/8) no canal americano The CW. Já no Brasil, a série é disponibilizada no canal pago Warner e pela Netflix.