As ex-bailarinas de Lizzo rebateram a carta aberta em que a cantora norte-americana nega as acusações de abuso e ambiente hostil no trabalho. Elas demonstraram decepção com a conduta da artista.
“Inicialmente, para mim, apenas aprofundou ainda mais minha decepção em relação a como eu estava me sentindo e como fui tratada”, afirmou Crystal Williams no canal “Channel 4”.
“Acho que o tema geral disso tudo é que nossas experiências foram nossas experiências e nossos traumas foram nossos traumas. Quando ela apresenta isso, parece que fomos completamente desconsideradas. Parece que fomos acusadas de fazer falsas alegações quando não é o caso.”
Crystal ainda destacou que foi “muito desanimador” ler a declaração de Lizzo nas redes sociais: “Especialmente quando ela defende o que defende em relação ao empoderamento das mulheres.”
A bailarina Adrianna Davis, por sua vez, lamentou toda a situação por conta da admiração pela cantora. Já Noelle Rodriguez afirmou estar em choque com a declaração falsa de proteção às mulheres.
“Eu acho que é desanimador e decepcionante. É chocante ler uma declaração como essa. Em suas palavras e na maneira como ela está dizendo isso, está invalidando não apenas nossa experiência, que ela estava lá em primeira mão para testemunhar. Ela mencionou algo nesta declaração [sobre] proteger as mulheres… Onde estava o mesmo sentimento quando eu disse a ela que queria falar sobre as coisas e dizer que estava me demitindo porque me sentia insegura, ouvida e desrespeitada?”
Agora é na Justiça
Enquanto as bailarinas lamentam toda a situação, Lizzo contratou o famoso advogado Marty Singer para representá-la nos tribunais. Ele é conhecido por ter defendido nomes como Johnny Depp, Bryan Singer e Bill Cosby, entre outros famosos envolvidos em acusações sérias em Hollywood.
Singer já demonstrou trabalho, ao alfinetar uma das denunciantes, que teria publicado um vídeo chamando Lizzo de “rainha”.
“Não parecem palavras de alguém que foi assediada ou discriminada. […] Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras e aqui um vídeo mostra que não há reivindicações legítimas neste processo. Estamos confiantes de que Lizzo será completamente inocentada neste assunto”, disse o advogado ao TMZ.
O processo das bailarinas aponta como réus a cantora Lizzo, sua produtora Big Grrrl Big Touring, Inc. e Shirlene Quigley, chefe da equipe de dança da artista, por assédio sexual, agressão, discriminação e por criar um “ambiente de trabalho hostil”. A ação descreve vividamente que as dançarinas foram forçadas a assistir e participar de shows sexuais durante a turnê, tendo sua virgindade ridicularizada. Elas também teriam sido submetidas a ataques religiosos.