Regiane Alves contraria versão oficial sobre bastidores do beijo de Clara e Helena em “Vai na Fé”

O casal formado por Clara e Helena na novela “Vai na Fé”, da Globo, tem sido o centro das atenções e debates entre os espectadores da trama. Uma polêmica emergiu quando cenas […]

Divulgação/Globo

O casal formado por Clara e Helena na novela “Vai na Fé”, da Globo, tem sido o centro das atenções e debates entre os espectadores da trama. Uma polêmica emergiu quando cenas de beijos entre as personagens, interpretadas por Regiane Alves e Priscila Sztejnman, foram cortadas repetidamente, levantando questionamentos sobre a posição da emissora em relação à representação homoafetiva.

Em entrevista à Caras Digital, Regiane Alves, que dá vida à ex-modelo Clara na trama, falou sobre os motivos que levaram a direção da novela a vetar a exibição das cenas de beijos entre as personagens, contrariando a versão oficial da emissora. A atriz não escondeu seu descontentamento com a decisão.

“Gravamos as cenas dos beijos, mas um pedido de dentro da Globo para ter mais cuidado fez com que não fossem ao ar. Estamos em 2023, faz parte da sociedade, sim! Eu e a Priscila”, declarou a atriz, expressando a sua parceria com a colega de cena.

O relato de Regiane Alves contrasta com a declaração de Amauri Soares, novo diretor dos Estúdios Globo. O ex-marido de Patrícia Poeta negou qualquer veto em cenas homoafetivas e enfatizou o compromisso da empresa com a representação desses temas.

 
Bastidores e a luta pela representatividade

Na entrevista, Regiane Alves contou que a cena finalmente transmitida causou grande movimentação nos bastidores da emissora. “Tinha muita gente no estúdio para acompanhar, parecia a final da Copa do Mundo. Gerou expectativa. Queremos sempre fazer de forma orgânica, foi uma cena muito delicada”, relatou.

A atriz também comentou que tanto ela quanto Priscila “compraram a causa”, lutando pela representatividade na tela. “Estamos em 2023, faz parte da sociedade, sim! É uma forma de amor. O amor tem que ser dito, não deve ser privado”, defendeu, evidenciando a necessidade de todos se sentirem representados na televisão.

Apesar dos cortes e da frustração, o beijo finalmente saiu, indo ao ar em 17 de junho, para a satisfação de Regiane Alves e dos espectadores. “Foi uma vitória quando foi ao ar. Não tem como fingir que não existe”, finalizou.