Sue Johanson, do programa “Falando de Sexo”, morre aos 93 anos

Sue Johanson, famosa educadora sexual canadense, faleceu nesta quinta-feira (29/6) aos 93 anos. Ela ficou conhecida por apresentar diversos programas televisivos com quadros de conselhos sexuais. De acordo com a CBC News, […]

Divulgação/GNT

Sue Johanson, famosa educadora sexual canadense, faleceu nesta quinta-feira (29/6) aos 93 anos. Ela ficou conhecida por apresentar diversos programas televisivos com quadros de conselhos sexuais. De acordo com a CBC News, Johanson morreu em uma casa de repouso em Ontário, no Canadá, onde estava cercada por sua família. A notícia foi confirmada pelo representante da apresentadora.

Na televisão, ela ganhou popularidade pela forma direta como falava abertamente sobre sexo para jovens e adultos. Seu programa de maior destaque era o “Talk Sex”, que foi exibido no Brasil pela GNT nos anos 2000. Transmitido originalmente entre 2002 e 2008, o programa permitiu que um público global pudesse se beneficiar de seus conselhos esclarecedores.

 
Sucesso no Brasil

Em 2005, Sue visitou o Brasil para conferir o sucesso de seu programa no país – rebatizado de “Falando de Sexo” no GNT. Aprovando a fama de ser “a vovó que fala de sexo na TV”, ela disse, em entrevista ao jornal O Globo, que somente passou a abordar o tema do sexo sem tabu depois dos 50 anos de idade.

“Só na década de 1980, quando passei a trabalhar numa clínica para adolescentes e a responder às dúvidas dos jovens, decidi me especializar em sexo. Achei que se os esclarecesse do meu jeito, com humor, seria melhor. Ninguém reclamou, e continuei.”

 
Desmistificando tabus sexuais

Nascida em Toronto, no Canadá, ela começou sua trajetória profissional como enfermeira. Nos anos 1980, ela criou uma clínica de controle de natalidade na escola de sua filha, onde oferecia suporte aos jovens da instituição. Depois, ganhou destaque ao apresentar o programa “Sunday Night Sex Show”, transmitido ao vivo na rádio Toronto a partir de 1984. Devido à popularidade da atração, o programa acabou ganhando uma versão televisiva, também ao vivo, que foi ao ar entre 1996 e 2005. E o sucesso gerou novas produções e uma fama de escala mundial.

Conquistando fãs ao redor do mundo, a apresentadora chamava atenção ao não hesitar em abordar assuntos considerados tabus ou polêmicos, colocando sua missão de educar e desmistificar temas sem julgamento em primeiro lugar.

Ao longo dos anos, ela colaborou de forma carismática em quebrar barreiras e promover uma conversa aberta sobre sexualidade.