O diretor Bryan Singer (da franquia “X-Men”) planeja realizar um documentário que irá abordar as alegações de má conduta sexual contra ele. No projeto, ele pretende narrar sua tentativa de retorno ao mercado cinematográfico anos após o declínio de sua carreira. Segundo a Variety, o próprio diretor está financiando o empreendimento.
Singer está fora dos holofotes desde 2019, quando uma matéria na revista The Atlantic expôs uma série de alegações contra ele. A reportagem apontou quatro acusadores que relataram que o cineasta estuprou meninos adolescentes.
Antes de toda a exposição, Singer havia sido contratado para dirigir o remake de “Red Sonja”, um clássico dos anos 1980. No entanto, foi retirado do projeto após a publicação da reportagem. Antes disso, em 2017, ele foi demitido do filme biográfico “Bohemian Rhapsody”, sobre Freddie Mercury e a banda Queen, após uma série de ausências do set.
Em um passado não muito distante, o diretor chegou a ser considerado um arquiteto da franquia “X-Men”, tendo dirigido o filme original de 2000 e a sequência de 2003, “X-Men 2”, bem como “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014) e “X-Men: Apocalipse” (2016). Além da franquia, ele também esteve à frente de “Superman: O Retorno (2006) e o thriller da 2ª Guerra Mundial “Operação Valquíria” (2008), estrelado por Tom Cruise.
Relembre as acusações
O cineasta foi acusado de estuprar um jovem de 17 anos em um iate em 2003. Segundo Cesar Sanchez-Guzman, autor da denúncia, Singer o teria forçado a fazer sexo e comprado seu silêncio em troca de um papel em um de seus filmes. Na época, a ação foi protocolada junto à corte de Seattle, a vítima alegou que o iate em que estavam era de Lester Waters, um investidor descrito como “anfitrião de festas para jovens gays na cidade”.
Por meio de um representante, o diretor negou categoricamente as acusações e disse que se defenderia até que o processo chegasse ao fim. O advogado que defendeu Sanchez foi o mesmo que defendeu Michael Egan, em 2014, quando ele também acusou Singer de estuprá-lo quando ainda era menor de idade. A acusação, no entanto, tinha muitas inconsistências e caiu por terra quando o diretor conseguiu provar que na época que o suposto crime teria acontecido no Havaí, ele estava no Canadá filmando um longa da franquia “X-Men”.