Novo vilão da Marvel é o mais cruel de todos, afirma James Gunn

No evento de estreia mundial de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, o diretor e roteirista James Gunn afirmou que o principal antagonista do filme, o Alto Evolucionário, é “o vilão mais cruel […]

Divulgação/Marvel

No evento de estreia mundial de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, o diretor e roteirista James Gunn afirmou que o principal antagonista do filme, o Alto Evolucionário, é “o vilão mais cruel do MCU” (Universo Cinematográfico da Marvel, na sigla em inglês).

Ao comentar sobre o personagem para a ExtraTV no tapete vermelho da première, Gunn afirmou: “Este cara aqui [Chukwudi Iwuji] interpreta o vilão mais cruel do MCU até agora. Então vocês podem perceber como ele vai impactar negativamente o Rocket e os seus amigos”.

O diretor disse que o personagem tem um papel fundamental na trama, principalmente na jornada de Rocket Raccoon (voz de Bradley Cooper). Gunn revelou que o passado do guaxinim falante será explorado em profundidade e que o Alto Evolucionário terá um efeito devastador na sua vida.

Iwuji também pontuou as atrocidades que serão cometidas pelo Alto Evolucionário. O ator nigeriano, que já tinha trabalhado com Gunn na série “Pacificador”, deseja evitar qualquer tentativa de fazer com que o público sinta simpatia pelo vilão – algo que foi feito com vilões anteriores do MCU, como Thanos (Josh Brolin) e Killmonger (Michael B. Jordan).

“Eu não fiz nenhum julgamento e abracei a ideia. Muitas vezes esquecemos que eles são de fato vilões porque sempre tentamos encontrar uma maneira de torná-los humanos, sabe? Mas isso foi algo que James e eu sabíamos que não faríamos com esse cara. Nós iríamos mantê-lo mal até o fim”, disse Iwuji.

“Por mais extremo que pareça, quando você pensa em algumas das figuras mais horríveis da história humana, há um senso de fanatismo, narcisismo e mentalidade em comum”, disse o ator.

Em outra entrevista, dessa vez ao GamesRadar+, Iwuji ofereceu mais detalhes sobre a personalidade do vilão. Descrito como um cientista brilhante com uma inclinação para engenharia genética, o ator avisa que não existe nenhuma humanidade no novo vilão da Marvel.

“Ele não tem nenhuma qualidade redentora. Ele é um vilão de verdade, com V maiúsculo. Ele está por trás de algo aterrorizante, ele te faz se sentir muito desconfortável e todos esperam que ele receba a sua punição. E essas [características] são muito divertidas de interpretar, sem precisar pedir desculpas ou qualquer desejo de simpatia para o público.”

O ator ainda comentou sobre a semelhança do Alto Evolucionário com figuras da vida real. “Há algo terrivelmente reconhecível nele quando você olha para o mundo e para os déspotas do passado”, acrescenta Iwuji sobre os motivos obscuros do seu personagem.

No entanto, ele não está sozinho no grupo de vilões de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, pois Will Poulter faz sua estreia no MCU como Adam Warlock. O personagem foi mostrado pela primeira vez nas cenas pós-créditos do segundo filme.

Nos quadrinhos, ele é descrito como um ser perfeito, mas a versão de Gunn é um pouco diferente. Adam pode ser incrivelmente poderoso, mas ainda está na sua infância, o que Poulter diz que pode surpreender o público.

“Muito do que James faz é caracterizado pela subversão das expectativas das pessoas, colocando características únicas e distintas nas coisas”, ele explica. “Acho que a maneira como Adam é apresentado não é diferente. Este é o Adam nas primeiras etapas do seu desenvolvimento – espero com a intenção de explorar a sua evolução.”

Assim como Iwuji, interpretar o vilão (que depois vira herói nos quadrinhos) foi uma alegria para o ator, que já é conhecido por seus papéis em “Midsommar” e na franquia “Maze Runner”. “Foi muito divertido interpretá-lo na sua infância porque me deu a oportunidade de mostrar alguém que estava genuinamente em um caminho de autodesenvolvimento nas primeiras etapas, cometendo erros”, diz Poulter. “Pode surpreender as pessoas, mas pareceu típico de James Gunn.”

Embora o MCU seja mais conhecido por seus vilões mais profundos como Thanos, Killmonger e até mesmo alguém como Loki, vivido por Tom Hiddleston, os quadrinhos da Marvel tem alguns vilões que são apenas forças brutais da natureza, sem apresentar nenhum remorso.

O estúdio adotou essa abordagem com vilões como o Crânio Vermelho de Hugo Weaving em “Capitão América: O Primeiro Vingador”, que buscava usar o poder do Tesseract para energizar o seu exército e provar a sua superioridade sobre os nazistas.

Ao final da “Saga do Infinito”, os fãs viram essa mesma brutalidade com Thanos. Mesmo que ele tivesse um plano um pouco amigável, a fim de garantir que o universo prosperasse, os seus métodos para alcançar esse objetivo eram puramente cruéis, eliminando metade de toda a vida e matando a sua própria filha adotiva, Gamora (Zoë Saldaña).

Na Fase 4, essa natureza viciosa continuou com o Duende Verde em “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa”, quando Willem Dafoe teve a oportunidade de explorar verdadeiramente o lado louco do vilão.

“Guardiões da Galáxia Vol. 3” estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta (4/5) – um dia antes do lançamento nos EUA.