Jim Lee é promovido a presidente da DC Comics

A DC Comics anunciou que Jim Lee, renomado desenhista, roteirista e editor de quadrinhos, foi promovido a presidente da editora nesta quarta-feira (3/5). O artista, que já era o publisher da editora, […]

Instagram/Jim Lee

A DC Comics anunciou que Jim Lee, renomado desenhista, roteirista e editor de quadrinhos, foi promovido a presidente da editora nesta quarta-feira (3/5). O artista, que já era o publisher da editora, continuará com suas funções de editor e ainda representará a DC no conglomerado da Warner Bros. Discovery, especialmente os esforços criativos para integrar o portfólio de publicações de quadrinhos em todas as mídias, apoiando as marcas e estúdios da Warner Bros.

Nascido em Seul, na Coreia do Sul, e criado em St. Louis, nos EUA, Lee é um dos nomes mais reconhecidos dos quadrinhos dos EUA e tem sido uma presença reconfortante na DC em meio à instabilidade das adaptações de cinema baseadas nos personagens da editora. Como um dos líderes da DC, ele viu uma grande sucessão de proprietários assumir a posse da empresa, incluindo a Time Warner, a AT&T e a Discovery, com diversos donos empurrando a DC de um lado para o outro.

A sua promoção é vista como um aceno à continuidade na era da Warner Bros. Discovery e garante menos ruídos para os trabalhos do recém-lançado DC Studios sob o comando de James Gunn e Peter Safran.

Ironicamente, Lee foi um dos principais artistas da Marvel no início dos anos 1990, onde estabeleceu o recorde até hoje imbatível de vendas de uma única edição (cerca de 4 milhões de exemplares de “X-Men” nº 1 de 1991). Esse sucesso, porém, inspirou ele e outros criadores renomados a saírem da empresa para formar sua própria editora, a Image Comics, que sacudiu a cena dos quadrinhos naquela época. A DC eventualmente adquiriu um dos selos da Image Comics, Wildstorm, criado por Lee, numa jogada que permitiu que ele entrasse na companhia, onde se tornou uma das principais forças criativas – responsável por eventos como “The New 52” e “Rebirth”, iniciativas que relançaram linhas inteiras de revistas em quadrinhos mensais de super-heróis.

Sob a liderança de Lee, a DC também fez sua entrada no mercado de quadrinhos digitais com o serviço de assinatura digital da empresa, além de abrir os olhos para a importância dos mercados internacionais. Algumas de suas iniciativas, porém, foram sabotadas pelos donos transitórios da Warner, como o pioneiro serviço de streaming DC Universe e a inovadora convenção virtual DC FanDome – copiada por Netflix e vários outros concorrentes.