Larissa e Domitila choram após conversarem no “BBB 23”

O sábado do “BBB 23” teve Prova do Anjo e Soprobol, mas o grande momento do dia foi a conversa entre Larissa Santos e Domitila Barros. Sabendo das questões de machismo e […]

Divulgação/Globo

O sábado do “BBB 23” teve Prova do Anjo e Soprobol, mas o grande momento do dia foi a conversa entre Larissa Santos e Domitila Barros. Sabendo das questões de machismo e traição de confiança trazidas por Larissa em sua volta na repescagem do programa, Domitila procurou a sister para se justificar.

As duas tiveram uma longa conversa, que foi reduzida a poucos minutos na edição noturna da Globo. Domitila tentou passar a ideia de que sua objetificação de Larissa era empoderamento – e no processo a objetificou novamente – e saiu do encontro acreditando que se desculpou e a página estava virada. Larissa, por sua vez, impressionou-se com sua própria capacidade de bater de frente com Domitila num assunto que seria bandeira da Miss Alemanha.

Mas aos poucos a dor das palavras trocadas e sentidas foi se instalando nas duas.

Domitila desabou quando confessou a Fred Nicácio seu medo pela repercussão de sua fala. “Eu errei. Então, eu errando, é reconhecer, pedir perdão e dar uma chance para as duas superar de alguma forma isso”, disse.

Na sequência, confessou temer ir novamente ao Paredão neste momento e de seu jeito ser mal interpretado pelo público. Foi quando chorou e recebeu carinho do médico.

“Então, seu medo ele existe, mas qual o tamanho desse medo na realidade? Eu valido seu medo, mas eu quero te trazer para realidade, te aterrar”.

A sister diz que não quer chorar, mas Fred Nicácio insiste: “Chore, chore porque alivia. O seu jeito de embate é precioso, um jeito único de se portar, não heroico de mártir, mas heroico de que se posiciona e fala: ‘Essa é a minha verdade, eu vou lutar pela minha verdade'”.

Domitila Barros, então, responde: “Mas até aqui foi tão orgânico isso e agora foi a primeira vez que começou a ser assim”.

“Não é um medo que tem força na sua realidade, a sua realidade é outra minha amiga”, reforçou Fred. “Você é uma mulher inspiradora, cheia de força, cheia de garra, que sobreviveu a vida inteira, e sobreviveu a esse jogo, que é passageiro, a 7 paredões. Você voltou de todos, na sorte ou no voto”.

Larissa, por sua vez, conversava com aliados e rivais que lhe faziam companhia enquanto cumpria o castigo do Monstro. Num momento de desabafo sobre sua vida e a objetificação que sofreu em sua trajetória no programa, sentiu o nó na garganta.

“A minha infância toda escutando briga. Ver pessoas batendo em outras, meu pai batendo na minha mãe… Enfim, situações assim. Então, quando eu vejo que cheguei aqui, eu contei minha história pra vocês, pra todo mundo… Que trabalho desde os 13 anos, a minha família só não passou fome porque meus tios ajudavam. Hoje eu sustento a minha mãe, a minha irmã. Eu que pago aluguel, comida, que a minha mãe não pode trabalhar. Minha mãe não é aposentada, não tem salário, quem sustenta sou eu. Eu fiz minha faculdade, paguei, vendi Bíblia, CD [pra pagar]…”, contou Larissa diante de olhares interessados da maioria dos moradores da casa, menos Fred e Domitila.

“E aí as pessoas me veem… duas ou três pessoas me resumindo o tempo inteiro a isso… machuca. Me resumindo a [pegar] homem, sabe. Tipo, se referindo o tempo inteiro ao meu corpo ou até cirurgia, de eu tá com alguém [o Fred Desimpedidos] por interesse, eu ser periguete, eu ser cachorra, eu ser piranha… É muito… Mexeram num lugar que tipo que dói mesmo”, disse já entre lágrimas.

“Mas eu não tô aqui pra julgar, porque quando saí eu falei, cara, eu não quero ver vídeos meus agindo assim. Eu não quero. Mas eu sou cabível [suscetível] a isso. Eu sou propícia, né? A gente tá propícia a errar o tempo inteiro, e eu não quero, mas pode acontecer. Pode acontecer que saia daqui e ‘Não, Larissa, olha aqui’, as pessoas podem tá buscando o que eu falei também, machista, racista. Só que tu vê várias pessoas convivendo. Tipo, eu vivi dois meses aqui e eu criei laços [de confiança] com as pessoas aqui, que eu falei: ‘Cara, as pessoas me conhecem’. Mas não me conhecem, porque tavam me resumindo a isso…”