A atriz Hilarie Burton revelou que Chad Michael Murray, seu colega de elenco de “One Tree Hill”, a defendeu contra o assédio o do criador da série, Mark Schwahn. A revelação foi feita no podcast Drama Queens, em que a atriz relembrou o incidente que aconteceu enquanto a série era gravada em Honey Grove, no Texas, em 2007.
“Chad se aproximou e disse: ‘O que você está fazendo?’ Ele disse isso para o nosso chefe num bar… Ele viu nosso chefe me agarrar na frente de várias pessoas, e você sabe, Chad não tinha nada a perder porque sabia que nosso chefe o odiava de qualquer maneira”, contou ela.
“Muitas pessoas tinham muito a perder, então você não fala quando tem muito a perder”, disse ela. “Mas (nosso chefe) se sentia tão à vontade que isso não era problema para ele. (Ele pensou): ‘Eu posso fazer o que eu quiser com ela em público com o namorado dela parado lá.’”
O podcast Drama Queens é apresentado por Burton, em parceria com Sophia Bush e Bethany Joy Lenz, suas colegas de elenco em “One Tree Hill”. Durante a conversa, Bush disse que acreditava que o papel principal de Murray na série contribuiu para sua capacidade de defender Burton.
“Ele foi protegido como o número 1 na folha de chamadas”, disse ela. “Ele tinha mais poder, então ele poderia aparecer e empurrar nosso chefe para longe de você e entrar em uma briga. E estou feliz que ele fez isso. Quero que todos sigam esse exemplo.”
“Essa ideia de que desviar o olhar é correto – não, não é”, continuou Sophia Bush. “E graças a Deus, Hilarie, que você teve aquele momento com Chad, que já estava em desacordo com nosso chefe.”
Embora nunca tenha sido punido sobre as acusações de assédio no set, durante a produção de “One Tree Hill”, mais tarde Mark Schwahn foi demitido de outra série de ele criou, “The Royals”. Sua demissão aconteceu em 2017, após a roteirista Audrey Wauchope acusá-lo de assédio sexual durante o tempo que ela e sua colega, Rachel Specter, trabalharam em “One Tree Hill”.
A dupla logo se juntou a vários outros ex-membros do elenco e da equipe de “One Tree Hill”, incluindo Bush, Burton e Lenz, que assinaram uma carta aberta detalhando os assédios cometidos por Schwahn. Elas descreveram ter sido “manipuladas psicologicamente e emocionalmente”, “colocadas em posições desconfortáveis”, “ameaçadas” e sentindo-se “fisicamente inseguras” durante a série.
Depois disso, Mark Schwahn não encontrou mais emprego na indústria televisiva.