Elize Matsunaga vira motorista de aplicativo em São Paulo

Elize Matsunaga, que ficou conhecida após esquartejar o empresário Marcos Kitano Matsunaga (herdeiro da Yoki), se tornou motorista de aplicativo na cidade de Franca, em São Paulo. Ela recebeu liberdade condicional em […]

Divulgação/Netflix

Elize Matsunaga, que ficou conhecida após esquartejar o empresário Marcos Kitano Matsunaga (herdeiro da Yoki), se tornou motorista de aplicativo na cidade de Franca, em São Paulo. Ela recebeu liberdade condicional em maio do ano passado.

Segundo o jornalista Ulisses Campbell na quarta-feira (22/2), a ex-detenta se identifica nas plataformas como Elize Araújo Giacomini, seu nome de solteira. O autor do livro sobre o assassinato acrescentou que a nota dela “como condutora é 4.80”.

“Na hora de escolher o modelo do carro, optou por um Honda Fit, uma marca tão japonesa quanto a ascendência do seu ex-marido. Para não ser reconhecida pelos passageiros, a mulher que esquartejou o marido usa o nome de solteira: Elize Araújo Giacomini; e esconde-se por trás de máscaras e óculos escuros”, delatou o jornalista.

O advogado Luciano Santoro, que representa à Elize, não confirmou o fato. No entanto, ele questionou a reação negativa de Campbell. “Você sabe a consideração que tenho por você e, por isso, peço que reflita se há necessidade de expor alguém que está tentando trabalhar honestamente e com dignidade”, começou.

“Falamos tanto em ressocialização, em recomeçar a vida sem voltar a praticar crimes, mas como será possível se perseguimos e estigmatizamos aqueles que passaram pelo sistema carcerário? E quem nos deu o martelo de juízes do outro?”, declarou.

“A Elize lhe rendeu um livro com histórias (reais ou não) que lhe trouxe fama e sucesso. Postagem assim, longe de publicidade, busca estigmatizar o próximo e, como dizem os jovens, lacrar. Sua página está bombando, aproveita para conscientizar as pessoas sobre as finalidades da pena ou ajudar o próximo. Fique em paz”, concluiu o advogado.

Nesta quinta-feira (23/2), a informação foi compartilhada pelo jornalista Reinaldo Gottino, que questionou se a população aceitaria a corrida com a ex-detenta. “Elize Matsunaga agora é motorista de aplicativo. Condenada por matar o marido ela agora trabalha dirigindo. Você aceitaria essa corrida?”, escreveu nas redes sociais.

Os internautas dividiram suas opiniões nas respostas. “Sei que todo mundo merece uma 2ª chance, mas eu não aceitaria a corrida dela, não”, afirmou um perfil.

“Ela cometeu um crime e pagou por ele! Esses dias, o goleiro Bruno estava recebendo dinheiro de vaquinha. Por que não dar uma 2ª chance pra ela que está trabalhando pra se sustentar?”, avaliou outro.

Para quem não se lembra, Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos e 11 meses de pressão após cometer o assassinato do marido Marcos Kitano Matsunaga.

Em meados de 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reduziu a pena de Elize para 16 anos e meses. No entanto, ela deixou o presídio de Tremembé, em São Paulo, após cumprir 10 anos da pena em regime fechado.

Na época, Elize se mostrou feliz com a oportunidade de voltar para casa. “Estou muito, muito feliz mesmo de ter vencido essa etapa. Sei que teremos outras, [mas começa] uma nova etapa agora. Mas estou muito feliz por ter vencido, pelas pessoas que me apoiaram, pelas pessoas que compreenderam”, declarou.

Em 2021, ela contou sua história numa série documental da Netflix, “Elize Matsunaga: Era Uma Vez Um Crime”.

Atualmente, Elize Matsunaga vive em Franca, município a 400km da capital paulista, região onde estaria atuando como motorista.