Elize Matsunaga, que recebeu liberdade condicional em maio do ano passado, está sendo investigada pela Polícia Civil de São Paulo. Ela pode retornar para a penitenciária por usar documento falso e infringir as normas do regime aberto.
Segundo informações do jornal Extra, a ex-detenta teria conseguido emprego numa empresa de construção civil para acompanhar obras em condomínios de luxo, na região de Sorocaba. No entanto, Elize teria forjado sua própria documentação.
Em denúncia, a ex-chefe acusou Elize de ter “colado” seu nome de solteira, Elize Araújo Giacomini, num documento de outro funcionário, que não possui antecedentes criminais. A ex-detenta nega a acusação.
“A prática de crime no curso do aberto dá regressão. Caso ela seja condenada pelo crime novo, essa nova pena será acrescida ao que faltava. Só depois deverá ser fixado pelo juiz o regime adequado”, explicou o promotor Luiz Marcelo Negrini.
Elize chegou a ser interceptada por investigadores na cidade de Franca, onde reside atualmente, e acabou sendo detida. Numa varredura na antiga casa da ex-detenta, os polícias encontraram imagens dela ingerindo bebidas alcoólicas na praia durante o dia, fato que viola a condicional do regime aberto.
O advogado Luciano Santoro saiu em defesa da ré. “O documento é algo grotesco, uma colagem tosca. Não foi ela quem fez e nem chegou a ser usado. Isso precisa ser provado [as fotos de Elize na praia], ou seja, não basta uma foto de ela segurando um copo. Teria que ter apreendido o líquido e periciado”, afirmou.
Nos últimos dias, o jornalista Ulisses Campbell revelou que ela se tornou motorista de aplicativo. Ele acrescentou que a ex-detenta também se identifica nas plataformas como Elize Araújo Giacomini, seu nome de solteira.
De acordo com amigos da ré, Elize teve o cadastro negado nos aplicativos por não ter atestado antecedentes criminais negativo. Vale lembrar que ter um emprego fixo é uma condição imposta pela Justiça para ela poder cumprir o restante da pena em liberdade.