Sindicato de Atores defende Alec Baldwin de acusações de homicídio involuntário

O Sindicato dos Atores dos EUA (SAG-AFTRA em inglês) emitiu um comunicado em defesa do ator Alec Baldwin, que está enfrentando acusações de homicídio involuntário em conexão com a morte acidental da […]

Instagram/Alec Baldwin

O Sindicato dos Atores dos EUA (SAG-AFTRA em inglês) emitiu um comunicado em defesa do ator Alec Baldwin, que está enfrentando acusações de homicídio involuntário em conexão com a morte acidental da diretora de fotografia Halyna Hutchins no set de “Rust”. Segundo o sindicato, as acusações contra Baldwin são “erradas e desinformadas”, uma vez que é responsabilidade do empregador, e não dos artistas, garantir a segurança no set.

“A morte de Halyna Hutchins é uma tragédia, ainda mais por causa de sua natureza evitável. Não é uma falha de dever ou um ato criminoso por parte de qualquer artista”, disse o sindicado, sem mencionar o nome de Baldwin. “A alegação da promotoria de que um ator tem o dever de garantir a operação funcional e mecânica de uma arma de fogo em um set de produção é errada e desinformada. O trabalho de um ator não é ser um especialista em armas de fogo”.

O comunicado disse ainda que “as armas de fogo são fornecidas para seu uso sob a orientação de vários profissionais especializados, diretamente responsáveis ​​pela operação segura e precisa. Além disso, o empregador é sempre responsável por fornecer um ambiente de trabalho seguro em todos os momentos, inclusive contratando e supervisionando o trabalho de profissionais treinados em armas”.

“Os padrões da indústria para segurança com armas de fogo e uso de munição falsa estão claramente definidos no Boletim de Segurança 1, fornecido pela Comissão de Segurança de Gerenciamento de Trabalho Conjunto da Indústria”, continuou o sindicato. “As diretrizes exigem que um armeiro experiente e qualificado seja encarregado de todo o manuseio, uso e guarda de armas de fogo no set. Esses deveres incluem ‘inspecionar a arma de fogo e o cano antes e depois de cada sequência de tiro’ e ‘verificar todas as armas de fogo antes de cada uso'”.

“As diretrizes não tornam responsabilidade do artista verificar qualquer arma de fogo. Artistas treinam para atuar, e não é exigido ou esperado que sejam especialistas em armas ou experientes em seu uso. A indústria atribui essa responsabilidade a profissionais qualificados que supervisionam seu uso e manuseio em todos os aspectos. Qualquer pessoa que tenha uma arma de fogo no set deve receber treinamento e orientação sobre seu manuseio e uso seguro, mas todas as atividades com armas de fogo no set devem estar sob a supervisão cuidadosa e controle do armeiro profissional e do empregador”, afirmou o comunicado.

Além de Baldwin, a armeira Hannah Gutierrez-Reed também foi indiciada por homicídio involuntário. Os dois serão “acusados alternativamente” por duas acusações de homicídio culposo. Isso significa que, se um júri considerar qualquer um deles culpado, também determinará sob qual definição de homicídio involuntário eles são culpados, de acordo com o anúncio da promotoria.

Para que o homicídio involuntário seja provado, deve haver prova de negligência. De acordo com a lei do Novo México, homicídio involuntário é um crime de quarto grau e é punível com até 18 meses de prisão e multa de US$ 5 mil. Isso inclui a acusação de uso negligente de uma arma de fogo.

Depois que as acusações foram reveladas por Mary Carmack-Altwies, Promotora do Primeiro Distrito Judicial do Novo México, o advogado de Baldwin, Luke Nikas, disse que “a decisão distorce a trágica morte de Halyna Hutchins e representa um terrível erro judiciário. O Sr. Baldwin não tinha motivos para acreditar que havia uma bala de verdade na arma – ou em qualquer lugar do set de filmagem. Ele contou com os profissionais com quem trabalhava, que lhe garantiram que a arma não tinha munição real. Lutaremos contra essas acusações e venceremos”.