A cantora Gretchen anunciou nesta sexta-feira (6/1) que está deixando o Brasil após sofrer ameaças de policiais. A rainha do rebolado, que vinha criticando a falta de respeito dos clientes de uma borracharia ao lado de sua casa, em Belém, envolveu-se numa confusão com policiais militares na noite de terça (4/1), ao reclamar de uma viatura estacionada na frente de sua garagem.
Ela teria sofrido intimidação ao apontar a infração, acusando um policial até de sacar a arma. E diz que, desde então, vem recebendo ameaças de “pessoas da polícia militar”. “[Estão] dizendo que tinha que descer o cacet* em mim. Não printei porque fui burra, mas espero que eles continuem me mandando, porque vou printar e postar aqui pra vocês verem”, afirmou no stories do Instagram.
“Eu não tenho medo. Teve outro que falou: ‘Quero ver você precisar da polícia’. A obrigação é de vocês [em me proteger]. Vocês estão ali pra servir a população. Sem comentários”.
Em seguida, a cantora revelou que decidiu se despedir do Brasil. “Esse foi o lugar que escolhi pra envelhecer. Minha casa não é de aluguel, eu comprei, reformei e fiz tudo do jeitinho que queria. Estou muito triste, porque o Pará é um dos lugares mais lindos do mundo, mas viver desse jeito não dá”, lamentou.
“Em primeiro lugar está a minha saúde mental, a proteção do meu marido e dos meus filhos, porque esse tipo de gente não tem nada pra perder, pode fazer alguma coisa para as pessoas que amo. Não vão fazer pra mim, porque tem medo de mim”, pontuou.
Momentos mais tarde, a artista afirmou, numa postagem no Instagram, que já tinha planos de sair provisoriamente do país em março. Mas depois do ocorrido, decidiu reorganizar a agenda de trabalho para antecipar a ida para sua nova moradia em Coimbra, em Portugal.
“Quero aqui deixar claro e evidenciar que eu e minha família mudaríamos de país de qualquer forma”, escreveu. “Pelas graças de Deus, será por um excelente motivo: Meu marido Esdras [de Souza] passou no mestrado de Musicoterapia, na faculdade Lusíada de Lisboa.”
“Não estou indo embora por conta do barulho alheio, ou melhor, abuso alheio”, acrescentou. “Todos são testemunhas que as tratativas não eram desta forma no começo, pois eu sempre fui cordial, educada e até generosa quando possível, e nunca deixei de reconhecer o valor do ganha pão deles [borracharia] – justo por eu também ser uma mulher batalhadora.”
Gretchen acrescentou que continua sendo a proprietária da casa, que colocou para alugar. “Os novos moradores são pessoas da lei e, com certeza, não vão permitir abusos da mesma forma”, ressaltou.
“Quero deixar mais claro ainda que não tenho medo de ninguém, nem mesmo da polícia. Não estou em uma guerra ou disputa para alguém dizer que venceu e me matou no cansaço. A verdade é que respeito minha saúde mental”, concluiu.