Pedro Paulo Rangel, ator de novelas e da “TV Pirata”, morre aos 74 anos

O ator Pedro Paulo Rangel morreu nesta quarta-feira (21/12), no Rio de Janeiro, aos 74 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da Casa de Saúde de São Jose, onde Rangel estava […]

Divulgação/Globo

O ator Pedro Paulo Rangel morreu nesta quarta-feira (21/12), no Rio de Janeiro, aos 74 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da Casa de Saúde de São Jose, onde Rangel estava internado desde novembro, com um quadro de enfisema pulmonar.

“Confirmo o falecimento do ator Pedro Paulo Rangel, às 5h40 desta quarta-feira (21). Não teremos nota com mais detalhes para respeitar o momento da família”, afirmou o hospital.

Desde 2002, o ator veterano da Globo lutava contra os efeitos da doença obstrutiva pulmonar crônica (DPOC), causada pelo tabagismo, cerca de quatro anos depois de ter parado de fumar.

Os principais sintomas da doença são falta de ar em atividades que exigem esforços, pigarro, além de tosse crônica ou com secreção.

No começo deste ano, o ator deu uma entrevista para a colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo. Na ocasião, ele declarou que a doença pulmonar era “traiçoeira”.

Nas redes sociais, artistas e fãs lamentaram a morte de Rangel. “Cumpriu sua missão aqui na terra. Uma grande perda! Sentiremos muitas saudades!”, disse o autor Walcyr Carrasco.

Com uma longa carreira, iniciada no teatro com a famosa peça “Roda Vida” (1968) e na telas com a novela “Super Plá” (1970), na extinta Tupi, ele deslanchou ao se tornar contratado da Globo a partir de 1972, quando integrou o elenco da novela “Bicho do Mato”. Marcou época no formato, ao fazer o primeiro nu masculino da TV brasileira em “Gabriela” (1975), e posteriormente um dos primeiros personagens abertamente gays da TV brasileira, o Adamastor de “Pedra sobre Pedra” (1992).

Ainda teve papéis em “Saramandaia” (1976), “Vale Tudo” (1988), “O Cravo e a Rosa” (2000), “Belíssima” (2005) e “Independências” (2022), entre outras produções. Mostrando claro talento para o humor, também conseguiu espaço em programas humorísticos, como o programa “Viva o Gordo”, de Jô Soares, em 1982, e o histórico “TV Pirata” (1988), que revolucionou o humor televisivo ao apostar numa nova geração de atores em vez de comediantes tradicionais.

Sua trajetória teatral lhe rendeu inúmeros prêmios, e antes da internação estava em cartaz com a peça “O Ator e o Lobo”, que precisou ser cancelada devido aos acontecimentos.