A ex-deputada federal Manuela d’Ávila abriu uma ação judicial contra a Record TV após ter sido vítima de notícias falsas. Ela também processa a Igreja Universal do Reino de Deus pelo mesmo motivo.
A ação foi revelada pelo Notícias da TV, que apurou como motivo uma reportagem exibida no programa “Entrelinhas”, que sugeriu que Manuela d’Avila deu apoio à um “projeto do Partido dos Trabalhadores” (PT) para a “legalização do incesto”.
O assunto teria surgido quando Renato Cardoso, genro de Edir Macedo, convidou outros pastores para comentar as eleições presidenciais – que nem haviam começado, já que o programa foi ao ar no final de maio. Manuela D’Ávila apareceu na foto usada para ilustrar a notícia falsa.
Essa fake news circula pelos grupos de WhatsApp desde meados de 2019. O assunto já foi desmentido por diversas vezes pelas agências de checagem, inclusive durante o período eleitoral deste ano.
“Nós temos visto o uso da televisão para propagação de noticias falsas desde 2018. Essa noticia é falsa por si só. Eu nem tenho mandato mais como deputada e nem poderia apresentar um projeto”, ela declarou durante as eleições presidenciais de 2022.
A ação da ex-deputada tramita no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). Como indenização, Manuela pede que a igreja e a emissora se retratem publicamente, além de arcar com o pagamento de R$ 12 mil por danos morais.