A atriz Carolina Dieckmann voltou a comentar o vazamento de suas fotos íntimas na internet, que está completando 10 anos e teve impacto na legislação sobre os crimes digitais.
“Em 2012, passei por um processo doloroso. Minha intimidade foi invadida, e isso gerou uma grande discussão pública. Tive fotos roubadas e fui extorquida. Ou eu pagava a quantia pedida ou minhas fotos seriam publicadas. Me recusei a pagar o dinheiro pedido pelos criminosos e tive essas fotos íntimas divulgadas na internet”, ela disse num vídeo publicado no Instagram.
Na quarta-feira (30/11), a lei de crimes digitais que ganhou o nome da artista completou dez anos. E ela comemorou: “Nem nos meus maiores sonhos eu poderia imaginar um desfecho desses,
para uma situação que na época me fez tão mal”.
Carolina aproveitou para agradecer a todos que a apoiaram no momento mais difícil de sua carreira, citando o marido, parceiro e advogados. “Quero agradecer as pessoas que foram fundamentais para que meu caso fosse tratado com a seriedade necessária. Afinal, naquela época eu fui muito julgada e não estaria aqui comemorando essa lei hoje [se] não fosse o comprometimento dessas pessoas envolvidas”.
Numa entrevista anterior, ela ressaltou que a pior parte da situação foi precisar se justificar para a polícia sobre o motivo de fazer fotos nuas e precisar contar os mínimos detalhes para provar que era vítima e que não estava “se expondo na internet”.
Tudo isso mudou com a nova lei, que estabelece limites de privacidade.
Ela aproveitou para aconselhar os seguidores que busquem a ajuda da polícia em situações similares sem medo, destacando a importância de registrar a denúncia.
“Se você está passando por alguma situação parecida ou conhece alguém que esteja, denuncie, procure uma delegacia!”
Por sinal, a atriz contou que não deixou de enviar imagens intimas para o marido.
“Sempre me senti um pouco vítima disso tudo, mas continuo mandando nudes para ele. Se as fotos vazarem de novo…”, disse.
A Lei nº 12.737/2012 combate o crime de invasão de dispositivo informático e prevê detenção inicial de 3 meses a 1 ano e multa.