O astro Samuel L. Jackson, que estrelou vários filmes de Quentin Tarantino e da Marvel, entrou na polêmica levantada pelo diretor contra uma suposta “Marvelização de Hollywood”.
Ao participar do podcast “2 Bears, 1 Cave”, Tarantino criticou os filmes de heróis por não popularizarem intérpretes, apenas os personagens. “Você tem todos esses atores que se tornaram famosos interpretando esses personagens. Mas eles não são estrelas de cinema. Certo? Capitão América é a estrela. Ou Thor é a estrela.”
O intérprete de Nick Fury no MCU rebateu os comentários do diretor durante sua participação no programa americano “The View”, da rede ABC.
“É preciso um ator para viver esses personagens, e o sinal do estrelato no cinema sempre foi, o quê, bundas sentadas? Do que estamos falando?”, ironizou ele.
“Para mim, não é uma grande controvérsia entender que, claramente, esses atores são estrelas de cinema. Chadwick Boseman é o Pantera Negra. Você não pode refutar isso, e ele é uma estrela de cinema”, ponderou.
Ele não é o primeiro ator da Marvel a dar uma resposta à Tarantino. O ator Simu Liu, protagonista de “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” (2021), lembrou do racismo de Hollywood em comparação às produções da Marvel de forma contundente.
“Se os únicos guardiões do estrelato no cinema fossem Tarantino e Scorsese, eu nunca teria tido a oportunidade de estrelar um filme de mais de US$ 400 milhões”, escreveu ele numa postagem no Twitter. “Fico maravilhado pela genialidade cinematográfica deles. Eles são autores transcendentes. Mas eles não podem apontar o nariz para mim ou para ninguém.”
“Nenhum estúdio de cinema é ou será perfeito”, continuou ele. “Mas tenho orgulho de trabalhar com alguém que fez esforços contínuos para melhorar a diversidade na tela, criando heróis que capacitam e inspiram pessoas de todas as comunidades em todos os lugares. Eu amei a ‘Era de Ouro’ também… mas era branca como o inferno.”
Samuel L. Jackson será visto em 2023 na série “Invasão Secreta” e no filme “As Marvels”, reprisando seu papel como Nick Fury.