Globo anuncia volta de “Linha Direta” com Pedro Bial

A Globo confirmou a volta de seu principal programa policial, o “Linha Direta”, que teve episódios exibidos entre 1990 e 2007. Originalmente apresentado pelos jornalistas Domingos Meirelles e Marcelo Rezende, o programa […]

Divulgação/Globo

A Globo confirmou a volta de seu principal programa policial, o “Linha Direta”, que teve episódios exibidos entre 1990 e 2007. Originalmente apresentado pelos jornalistas Domingos Meirelles e Marcelo Rezende, o programa será assumido agora por Pedro Bial (que atualmente apresenta o “Conversa com Bial”), num retorno previsto para 2023.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (27/10) em um evento voltado ao mercado publicitário em São Paulo e compartilhado no Twitter da empresa.

A volta do programa foi revelada em setembro pela coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo, enquanto estava sendo desenvolvido pelo diretor Mariano Boni.

O sucesso do podcast/série sobre o Caso Evandro, na Globoplay, teria alertado a empresa para o interesse do público nas notícias de crime real. E o fenômeno da audiência da série sobre o assassinato de Daniella Perez, na HBO Max, só confirmou a tendência.

Além disso, um canal independente que reúne edições antigas do próprio “Linha Direta” virou um fenômeno no YouTube, com quase 200 mil inscritos e 3 milhões de visualizações em alguns episódios.

Ainda não há detalhes sobre a nova produção, nem se a atração seguirá o mesmo formato dos últimos anos em que ficou no ar.

A versão original do “Linha Direta” estreou em março de 1990 com casos de crimes em que os suspeitos estavam foragidos da Justiça. O programa exibia simulações feitas por atores e depoimentos de testemunhas. Essa primeira fase do Linha Direta ficou no ar até julho daquele ano, apresentada por Hélio Costa.

Em 1999 o programa voltou, desta vez sob o comando de Marcelo Rezende (1951-2017) e com base em noticiários recentes, mas também reconstituindo casos célebres, como o assassinato de Ângela Diniz. Domingos Meirelles assumiu o programa em 2002 e permaneceu até o fim da atração, em 2007.

Ao longo de sua exibição, a produção jornalística contribuiu para a prisão de quase 400 foragidos. Em setembro de 2002, representantes do Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos Humanos afirmaram que a atração era de utilidade pública.

“Linha Direta” também teve edições especiais sobre casos com elementos sobrenaturais, como o do Edifício Joelma e o da Operação Prato.