Elon Musk ataca série de “O Senhor dos Anéis”: “Tolkien está se revirando no túmulo”

Depois de desistir de comprar o Twitter, o bilionário Elon Musk encontrou outra vocação. Virou crítico de séries. Ele fez dois comentários curtos e negativos sobre a série “O Senhor dos Anéis: […]

Divulgação/FX

Depois de desistir de comprar o Twitter, o bilionário Elon Musk encontrou outra vocação. Virou crítico de séries.

Ele fez dois comentários curtos e negativos sobre a série “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”, que chegou ao Prime Video na noite de quinta-feira (1/9).

“Tolkien está se revirando em seu túmulo”, ele escreveu no primeiro post, citando o autor dos livros originais de “O Senhor dos Anéis”.

Em seguida, fez sua justificativa: “Quase todo personagem masculino até aqui é um covarde, um idiota ou ambos. Apenas Galadriel é corajosa, inteligente e simpática”.

Trata-se, claro, de fanfarronice. Como toda generalização, o comentário não corresponde à verdade.

Os elfos Arondir (Ismael Cruz Cordova) e Elrond (Robert Aramayo) também demonstram grande coragem, inteligência e simpatia nos dois episódios iniciais. O mesmo também pode ser dito de outras personagens femininas, a pé-peluda Nori (Markella Kavenagh) e a humana Bronwyn (Nazanin Boniadi). E se Halbrand (Charlie Vickers) não parece muito simpático à princípio, não lhe faltam coragem e inteligência em suas cenas em alto-mar.

O comentário foi feito por alguém que não viu a série ou só viu o que quis, como muitos que odiaram a “agenda política” por trás da inclusão de elfos negros na trama.

Mas o fato é que a crítica azeda não tem nada de cultural. É um shade gratuito contra a Amazon.

Musk considera Jeff Bezos, fundador da Amazon, seu principal desafeto no mundo corporativo.

A briga entre os dois se deve à rivalidade entre a Space X, de Musk, e a Blue Origin, de Bezos. As duas companhias espaciais chegaram a se processar em 2014, devido a disputas de patentes e contratos com a NASA. E desde então os dois travam guerras de narrativas. Em 2020, Musk chegou até a incentivar o enquadramento da Amazon como monopólio para que sofresse sanções do governo dos EUA.

Esperar que o bilionário elogie um lançamento da Amazon é o mesmo que esperar que Bolsonaro elogie Lula.