A atriz e cineasta Angelina Jolie (“Malévola”) se juntou ao protesto que exige liberdade para as mulheres iranianas. Os protestos tiveram início após a morte de Mahsa Amini após ser detida pela polícia moral iraniana por “usar um véu errado”.
Jolie postou uma série de fotos e vídeos dos protestos no seu Instagram e escreveu uma mensagem de apoio na legenda das imagens.
“Respeito às mulheres corajosas, desafiadoras e destemidas do Irã. Todas aquelas que sobreviveram e resistiram por décadas, aquelas que vão às ruas hoje, e Masha Amini e todas as jovens iranianas como ela”, escreveu Jolie. “As mulheres não precisam que sua moral seja policiada, suas mentes reeducadas ou seus corpos controlados. Elas precisam de liberdade para viver e respirar sem violência ou ameaças. Para as mulheres do Irã, nós estamos vendo vocês.”
Os protestos no Irã já causaram dezenas de mortes, principalmente de manifestantes, mas também de alguns membros das forças de segurança. O governo alertou que fará uma “ação decisiva sem clemência” para tentar reprimir os distúrbios, mas isso não diminuiu as manifestações.
Além de Jolie, quem também se manifestou foi o cineasta iraniano Asghar Farhadi, duas vezes vencedor do Oscar por “A Separação” e “O Apartamento”, que usou seu Instagram para falar sobre a luta por direitos simples, porém fundamentais para as mulheres.
“Esta é uma responsabilidade humana e pode fortalecer ainda mais a esperança do Irã em alcançar esse belo e monumental objetivo que elas buscam aqui, o país onde não tenho dúvidas de que as mulheres serão as pioneiras das transformações mais significativas”, disse ele.
Vários outros cineastas e artistas iranianos, como a atriz Zar Amir Ebrahimi, vencedora do Festival de Cannes desta ano por “Holy Spider”, escreveram uma carta aberta a seus amigos e colegas da indústria cinematográfica pedindo apoio na luta pela defesa dos direitos das mulheres do país.
Contrário a essas manifestações de apoio, o governador de Teerã, Mohsen Mansouri, disse que as autoridades vão lidar com as “celebridades que atiçaram as chamas dos tumultos e com aqueles que assinam contratos [lucrativos] com rádio e televisão, mas em tempos de tumultos se posicionam contra a segurança e ordem.”
“É claro que podemos não lidar com alguns casos imediatamente por motivos materiais, mas sem dúvida vamos lidar com eles depois de alguns dias e no momento certo”, disse ele à uma agência de notícias estatal.