Ezra Miller agora é suspeito em caso de desaparecimento de família

Ezra Miller, intérprete do herói Flash em “Liga da Justiça”, passou a ser investigado pela Procuradoria de Vermont, nos EUA, pelo desaparecimento de uma família. O ator é o principal suspeito do […]

Instagram/Golden Globes

Ezra Miller, intérprete do herói Flash em “Liga da Justiça”, passou a ser investigado pela Procuradoria de Vermont, nos EUA, pelo desaparecimento de uma família.

O ator é o principal suspeito do desaparecimento de uma jovem de 25 anos de idade e seus três filhos, de 5, 4 e 1 anos, que supostamente estavam morando com ele em sua fazenda em Vermont. Segundo apurou a revista americana Rolling Stone, a polícia estadual está realizando investigações e aponta que Miller pode estar escondendo o paradeiro dos quatro.

De acordo com documentos judiciais obtidos pela publicação, os oficiais tentaram pelo menos duas vezes, no último fim de semana, entregar à mãe uma intimação do Ministério Público, que exigia a remoção dos jovens tanto do imóvel quanto de seus cuidados.

Miller, no entanto, teria dito aos policiais que a família não morava lá há meses, o que a Procuradoria do Estado estaria encarando como uma tentativa de “fugir da intimação”.

Segundo a Rolling Stone, foi durante a busca pela família desaparecida que a polícia teve acesso às evidências que levaram Miller a ser acusado de invasão e furto de várias garrafas de álcool da casa de seu vizinho em meados de maio.

De acordo com um boletim de ocorrência publicado on-line, a Polícia Estadual de Vermont foi notificada em 1º de maio de um possível roubo quando moradores da vizinhança de Miller relataram que “várias garrafas de álcool foram retiradas de dentro da residência enquanto os proprietários não estavam presentes”. Após uma investigação, que incluiu declarações e análise de vídeos de vigilância, a polícia encontrou uma causa provável para acusar o ator. A audiência preliminar foi marcada para 26 de setembro.

Uma fonte local disse à revista que vários policiais estiveram na casa de Ezra Miller na noite de terça-feira (9/8) por quase uma hora, dois dias após ele receber sua intimação para comparecer no Tribunal Superior de Vermont sobre o caso do furto.

A Rolling Stone observou que a mãe estava postando diariamente nas mídias sociais até meados de julho, quando sua conta aparentemente foi excluída.

A intimação para o recolhimento das crianças foi motivada pela denúncia de que Miller estava abrigando a mãe e seus filhos pequenos em meio a condições inseguras, com armas, munição e drogas espalhadas pela propriedade. Várias fontes com conhecimento da situação, incluindo o pai das crianças, fizeram as acusações à Rolling Stone em uma reportagem publicada em junho.

A mulher teria se mudado para a fazenda de Miller em meados de abril, depois de conhecer o ator no Havaí. Em junho, após as denúncias, ela se manifestou, dizendo que o ator estava lhe ajudando a escapar de um casamento abusivo.

As denúncias criminais contra Miller, que incluem agressões à mulheres e suposta sedução de menores, começaram a surgir em fevereiro, intensificaram-se entre março e abril, e se multiplicaram nos meses seguintes, culminando em agosto na acusação formal de furto pela polícia de Vermont.

Os problemas do ator se tornaram públicos após ele ser acusado de tentar enforcar uma mulher num bar na Islândia em fevereiro. Depois disso, foi preso em março no Havaí por criar tumulto em outro bar e autuado em abril por suspeita de agressão de segundo grau numa festa em uma residência particular, também no Havaí – num surto, ele jogou uma cadeira longe que acertou a cabeça de uma mulher.

Em seguida, foi alvo de duas ordens de restrição. A primeira foi feita pelos pais de uma jovem de 18 anos da Reserva Indígena Standing Rock, na região de Dakota, que alegam que Miller manipulou sua filha desde que ela tinha 12 anos. Aos 18, ela abandonou a escola e fugiu de casa, indo parar na residência do ator. A jovem escreveu em seu Instagram que Miller a ajudou num momento difícil.

A segunda foi feita por pais de uma criança de 12 anos em Massachusetts, após Miller supostamente entrar em um confronto agressivo com sua família, exibir uma arma e constranger a criança com abraços e comentários sobre gênero, ao descobrir que ela se definia como não binária.

Todos esses problemas vêm mantendo o nome do ator no noticiário policial e a situação tende a se estender por muito tempo, mesmo se ele se comportar a partir de agora, com as audiências resultantes de suas ações.

Por conta disso, a Warner Bros. já teria decidido tirar Miller de novos projetos, substituindo-o como o herói Flash. Mas enfrenta um dilema em relação ao filme já concluído. Os custos para substituí-lo na produção seriam simplesmente caros demais – o ator não só está em quase todas as cenas como ainda tem papel duplo, como um Flash de outro universo. Também seria difícil arquivar o lançamento, após os gastos milionários investidos em sua produção e após a decisão de fazer isso com “Batgirl”. Seria muito prejuízo.

A situação mereceu uma crítica do cineasta Kevin Smith, que durante seu podcast “Hollywood Babble-On” apontou que a Warner decidiu cancelar “Batgirl”, um filme estrelado por uma atriz latina, mas manteve o lançamento de “The Flash”, mesmo diante das diversas acusações feitas contra seu protagonista.

“Eu não dou a mínima para o quão ruim é o filme ‘Batgirl’, ninguém nesse filme é problemático ou tem algo na vida real que você precisa contornar. No filme ‘The Flash’, todos sabemos que há um grande problema! Flash é o Flash Reverso na vida real”, afirmou Smith.

“The Flash” tem estreia marcada para 23 de junho de 2023.