A bolsonarista Regina Duarte foi enquadrada pelo governo Bolsonaro e terá que devolver R$ 319,6 mil aos cofres públicos após ver recusada a prestação de contas de um projeto financiado pela Lei Rouanet.
Uma publicação do Diário Oficial da União de quinta-feira (21/7) revelou que secretário especial da Cultura Hélio Ferraz negou um recurso protocolado pela empresa da atriz sobre as contas da peça “Coração Bazar”.
Segundo informações divulgadas pela revista Veja, a área técnica do então Ministério da Cultura já havia reprovado as contas da peça em 2018. A empresa da atriz captou R$ 321 mil para o espetáculo e, por causa da decisão, foi obrigada a restituir R$ 319,6 mil ao Fundo Nacional da Cultura. No entanto, a dívida ainda não tinha sido cobrada por causa da apresentação do recurso, que foi negado nesta semana.
Na ocasião, André Duarte, filho de Regina e sócio da empresa, havia dito à Veja que a prestação de contas tinha sido reprovada por causa de um “descuido”, a falta dos comprovantes de que o monólogo tinha sido exibido sem a cobrança de ingressos entre 2004 e 2005, como determinava o contrato assinado pela produtora.
Regina foi secretária especial da Cultura do governo Bolsonaro, mas ficou apenas dois meses e meio no cargo, saindo após acumular polêmicas e desgaste. Mesmo tendo saído do cargo, continuou apoiando o governo e chegou a comemorar mudanças da Lei Rouanet que reduziram incentivos para salários de artistas em 93,4%. Ela publicou um texto no Instagram em que grifou: “Não haverá exceções para celebridades”.