Sion Sono, diretor japonês de obras cultuadas como “O Pacto” (Suicide Club, 2001), “Exposição de Amor” (2008), “Himizu” (2011) e “Por Que Você Não Vai Brincar no Inferno?” (2013), foi acusado de assédio sexual em um artigo assinado por diversas atrizes.
Publicada pelo site japonês Shukan Josei PRIME (Jprime), a acusação traz declarações anônimas que denunciam um comportamento predatório do cineasta.
Segundo o artigo, Sono assediava todas as atrizes protagonistas de seus filmes.
Nesta terça (5/4), a empresa produtora do diretor se manifestou sobre as acusações sem fazer defesa de Sono.
“Para quem isso possa interessar, obrigado pelo apoio contínuo. Nós pedimos sinceras desculpas por qualquer inconveniente que isso pode ter causado para qualquer um envolvido. Nós faremos um novo pronunciamento após averiguar os fatos”, disse a produtora em comunicado.
No domingo, o ator Matsuzaki Yuki se referiu ao histórico de assédio sexual de Sono em um post no Twitter, antes da denúncia do Jprime viralizar. “Este sempre foi o método de operação habitual de Sono – existem dezenas de vítimas”, escreveu ele.
Sono fez sua estreia em inglês no ano passado, com o lançamento de “Ghostland: Terra Sem Lei”, estrelado por Nicolas Cage e Sofia Boutella.
A indústria japonesa de cinema e TV foi pouco afetada pelo movimento #MeToo, que varreu pessoas poderosas do entretenimento em vários países. Apesar disso, cada vez mais denúncias têm vindo à tona.
Alegações de assédio sexual foram recentemente levantadas contra o ator Kinoshita Houka e o diretor Sakaki Hideo, levando ao cancelamento dos dois filmes mais recentes deste último.