Sam Elliott pede desculpas por declarações polêmicas sobre “Ataque dos Cães”

O veterano ator Sam Elliott pediu desculpas por declarações de teor homofóbico sobre “Ataque dos Cães”, após suas frases repercutirem na véspera do Oscar 2022. Elliott se mostrou arrependido da entrevista polêmica […]

Divulgação/Paramount+

O veterano ator Sam Elliott pediu desculpas por declarações de teor homofóbico sobre “Ataque dos Cães”, após suas frases repercutirem na véspera do Oscar 2022. Elliott se mostrou arrependido da entrevista polêmica concedida ao podcast “WTF with Marc Maron” e lamentou o fato durante sua participação num evento promovido pelo site americano Deadline na tarde deste domingo (10/4).

“Aquele filme mexeu comigo, e ao tentar expressar como ele mexeu comigo… Eu não fui muito bem articulado. Não consegui dizer o que pensava de uma boa forma, e acabei falando algumas coisas que machucaram as pessoas. Eu me sinto terrível por isso”, disse o ator indicado ao Oscar por “Nasce uma Estrela” (2018).

Elliott demonstrou todo o seu descontentamento com “Ataque dos Cães” ao definir a produção da Netflix como um “pedaço de merd*”.

Sua principal objeção foi contra as alusões à homossexualidade no universo viril dos cowboys. No filme, o protagonista Phil Burbank, vivido pelo ator Benedict Cumberbatch, reprime sua orientação sexual justamente devido ao contexto da ambientação.

“Eu não gostei. E sou o cara que fez westerns toda a vida. Foi a evisceração do Oeste americano”, reclamou, apontando o motivo: “Há todas essas alusões de homossexualidade ao longo do filme.”

Ele também reclamou que Cumberbatch aparece poucas vezes cavalgando, e disse ter levado isso para o lado pessoal. “Onde está o faroeste nesse faroeste? Levei isso para o pessoal, amigo”, declarou. E ainda disse que Jane Champion não poderia comandar um filme sobre o Velho Oeste por ter nascido na Nova Zelândia e não nos EUA.

“Ela é uma diretora brilhante. Adoro seus trabalhos anteriores. Mas que caral** essa mulher de lá debaixo, da Nova Zelândia, sabe sobre o Oeste Americano? E por que caral** o filme foi rodado na Nova Zelândia, mas chama aquilo de Montana e diz ‘é assim que era’?”, questionou, em tom de indignação.

Diante da repercussão negativa de seus comentários grosseiros, ele agora decidiu ressaltar que a comunidade LGBTQIAP+ sempre apoiou sua carreira “desde antes de ser alguém nessa indústria”. “Essas pessoas foram minhas amigas em todos os níveis, e já trabalham comigo de todas as formas – daquela época até hoje, como o meu agente há décadas, que é também um querido amigo”.

“Eu sinto muito por ter machucado qualquer um desses amigos, e também por ter machucado uma pessoa que eu amo… e qualquer outro que tenha ouvido as palavras que eu disse”, completou o ator.

Sam Elliott atualmente integra o elenco da série “1883”, da Paramount+, passada no Velho Oeste americano.