A seleção de clipes de rock independente desta semana reúne novos lançamentos de shoegaze e dreampop, gêneros que marcaram os anos 1990 com muita microfonia e vozes angelicais, num resgate feito por artistas que, em sua maioria, nem eram nascidos quando My Bloody Valentine transformou o rock murmurado ensurdecedor em hit dançante.
O Top 10 semanal (sem rankeamento) é disponibilizado em dois formatos: convencional, com breves informações sobre os artistas abaixo de cada vídeo, e via playlist (localizada no final do post), para quem preferir uma sessão contínua – método mais indicado para assistir numa Smart TV (opção Transmitir, na aba de configurações do Chrome, ou Mais Ferramentas/Transmitir etc no Edge).
HATER | SUÉCIA
Na ativa desde 2016, a banda sueca liderada por Caroline Landahl é conhecida por seu shoegaze de levada pop, ao estilo de Lush. A música “Far From a Mind” acrescenta influência de Sonic Youth à sua versão do rock indie dos anos 1990, em antecipação a seu segundo álbum, “Sincere”, que tem lançamento marcado para 5 de maio.
CIEL | INGLATERRA
Formada em Brighton, na costa inglesa, do encontro de três músicos de diferentes países – a cantora Michelle Hindriks tinha até carreira solo na Holanda – , a banda começou com baladas de dreampop antes de lançar “Fine Everything”, em que abraça o shoegaze. A música faz parte do terceiro EP do trio, que ainda não tem previsão de lançamento.
WOMBO | EUA
O trio do Kentucky se destaca pelos vocais twee de Sydney Chadwick, que evocam uma sensação etérea ao colidirem com a parede de guitarras de Cameron Lowe – ex-integrante da banda punk Debauchees. A formação com o baterista Joel Taylor é de 2016. Já “One of This” é sua guinada shoegaze após o EP pós-punk “Keesh Mountain” do ano passado.
WHIMSICAL | EUA
Veteranos da turma, o quarteto de Indiana lançou seu primeiro álbum em 2000 – o cultuado “Setting Suns Are Semi-Circles”. Depois de implodir em 2005, volta a ativa junto da redescoberta do shoegaze pela nova geração. “Rewind” é a música que abre seu novo disco, “Melt”, lançado há duas semanas.
SUGAR FOR THE PILL | GRÉCIA
Apesar de formada só há dois anos, a banda de Atenas já tem um álbum, “Wanderlust”, lançado no mês passado. Com melodias etéreas e um vídeo repleto de coreografias, “Quicksand” foi o segundo single do grupo.
KRAKÓW LOVES ADANA | ALEMANHA
A dupla forjada nos clubes de Hamburgo resolveu revistar três músicas de seu mais recente álbum eletrônico (“Follow The Voice”), trocando a proeminência dos sintetizadores por guitarras. “Open The Door” é a versão etérea de “Dream House” e o destaque do novo EP “Swim In The Blue”, numa guinada sonora radical que pode influenciar futuros trabalhos.
HATCHIE| AUSTRALIA
Harriette Pilbeam, a cantora e baixista australiana conhecida pelo apelido Hatchie, lança seu segundo álbum solo na próxima sexta (22/4). “This Enchanted” é a segunda faixa de “Giving the World Away”, e sua combinação de guitarras e sintetizadores é o dreampop mais dançante da atualidade. Todo o disco foi composto em parceria com Joe Agius, líder da banda Rinse, que, inclusive, conta com Hatchie entre seus integrantes.
BLUSHING | EUA
Faixa exemplar do dreampop da banda texana, “Ours” evoca tanto Cocteau Twins quanto My Bloody Valentine. A música faz parte do segundo álbum, “Possessions”, lançado há dois meses com contribuições de ícones do gênero das cascatas elétricas de guitarras. A produção é de Elliott Frazier (Ringo Deathstarr), a masterização de Mark Gardener (Ride) e o disco ainda inclui uma colaboração com Miki Berenyi (Lush).
AVALYN | INGLATERRA
Mark Gardener também trabalhou em “When We Were Nothing”, primeiríssimo single do quarteto shoegazer de Liverpool. E o resultado parece Ride mesmo, inclusive na apresentação visual.
JUST MUSTARD | IRLANDA
O quinteto irlandês lançou seu álbum de estreia em 2018, explorando o lado mais melancólico do dreampop, com baladas de guitarras infinitas. “Mirrors” é o primeiro single de “Heart Under”, o segundo álbum, previsto para 27 de maio.
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