O secretário especial de Cultura Mario Frias voltou a ser alvo da Comissão de Ética Pública (CEP). Na semana passada, o órgão ligado à Presidência da República abriu investigações para apurar as condutas de Frias e Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, nas redes sociais.
Os dois serão investigados pelos excessos (lacração) que cometem nas mídias digitais. Segundo revelou a própria Comissão, apura-se “suposta conduta antiética” de Frias nas suas publicações.
Já Camargo, além de “supostas manifestações indevidas em postagens das redes sociais”, também vai ser investigado por “suposta discriminação às religiões e às lideranças religiosas de matriz africana, decorrente de artigos depreciativos contra Zumbi dos Palmares, publicados no site da fundação”.
Esta é a terceira vez que o nome de Frias é levado à CEP. No ano passado, a oposição protocolou uma representação pedindo que o órgão apurasse acusações de que Frias trabalha armado e pratica assédio moral contra servidores. Neste ano, ele voltou ao radar da CEP após acusação de nepotismo na nomeação de seu cunhado para um cargo de confiança na Embratur.
Frias também empregou a noiva de um aliado na secretaria de Cultura e, durante participação em programa do canal amigo Jovem Pan, tripudiou quanto questionado sobre possível falta de ética: “Preferia que eu tivesse nomeado a esposa do Lula?”
O incidente foi ignorado pela CEP, assim como as viagens internacionais “urgentes” sem pauta relevante da Secretaria Especial de Cultura.