No momento em que “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” volta a gerar bilheterias compatíveis com o período pré-pandêmico, a Europa volta a reagir com fechamento de cinemas a uma nova onda de covid-19.
O avanço da variante ômicron, capaz de infectar vacinados e com uma velocidade de transmissão maior que todas as cepas anteriores, gerou o anúncio das primeiras medidas de emergência neste domingo (19/12).
Dinamarca e Holanda são os primeiros países a anunciar o bloqueio dos cinemas.
Diante da disparada súbita no número de contaminados por covid-19, o governo dinamarquês ordenou o fechamento das salas de exibição até 17 de janeiro.
Na Holanda, todos os eventos culturais e esportivos foram proibidos até 14 de janeiro. Além disso, escolas e comércio não essencial receberam ordem de fechar em plena temporada natalina, e só reabrir na terceira semana de 2022.
A Irlanda também comunicou restrições, mas menos radicais. Todo o comércio e atividades culturais, incluindo os cinemas, deverão fechar às 20h no país, quando começará a valer um toque de recolher.
Os governos de outros países devem se manifestar na segunda-feira, repetindo o que aconteceu quando a variante delta chegou na Europa, ocasião que gerou nova fase de quarentenas e fechamentos comerciais.
Estudos já indicam que a ômicron é quatro vezes mais contagiosa que a delta e sua capacidade de infecção atingiu níveis alarmantes de forma rápida. Segundo o secretário de Saúde do Reino Unido, ela está infectando 200 mil pessoas por dia no país, número que se multiplica exponencialmente a cada 24 horas, levando a se tornar dominante em Londres em 48 horas e podendo atingir 1 milhão por dia antes do fim de semana se as condições se mantiverem iguais.
Por outro lado, até sexta (17/12) só havia registro de sete mortes causada pela nova variante, todas no Reino Unido. Apesar de altamente contagiosa, a ômicron tem se mostrado mais branda que algumas gripes.
O problema é o contato entre ômicron e delta, que pode criar uma nova variante. O alerta parte do Dr. Paul Burton, médico-chefe da Moderna, que produz uma das vacinas contra a covid-19 usadas nos EUA. Segundo Burton, o descontrole e a livre circulação do vírus poderia resultar em uma supervariante bastante perigosa.