O ator Tommy Lane, que participou de “Com 007 Viva e Deixe Morrer” e “Shaft”, morreu na segunda-feira (29/11) no Florida Medical Center em Fort Lauderdale após uma longa luta contra a doença pulmonar obstrutiva crônica. Ele tinha 83 anos.
Nascido e criado no bairro de Liberty City, em Miami, Lane começou a carreira de ator com participações da série “Flipper”, filmada na Flórida, entre os anos de 1964 e 1966, e chegou em Hollywood durante o auge da tendência blaxploitation, de filmes criminais de trilha soul e elenco negro.
Sua estreia no cinema foi em “Rififi no Harlem” (1970), um dos primeiros lançamentos de blaxploitation. E logo em seguida foi enfrentar Shaft. No filme de 1971, Lane deu vida a um pequeno gângster chamado Leroy, capanga do rei do crime do Harlem, Bumpy (Moses Gunn). O destino de seu personagem foi ser jogado pela janela pelo detetive particular eternizado por Richard Roundtree.
A participação marcante em “Com 007 Viva e Deixe Morrer” (1973) também foi como capanga. Filmadas na Jamaica e no estado de Louisiana, as cenas de Lane envolveram uma famosa perseguição de barco, além do característico racismo policial, a tentativa de transformar o James Bond vivido por Roger Moore em ração de crocodilos e uma saída de cena literalmente explosiva, com chamas para todos os lados.
Ele também figurou em “Paixão pelo Perigo” (1973), estrelado por Burt Reynolds, “Ganja & Hess” (1973), “O Piloto” (1980), estrelado e dirigido por Cliff Robertson, “Eureka” (1983), dirigido por Nicolas Roeg, e na série “Carga Dupla” (Simon & Simon).
Como a carreira de ator não lhe rendeu o reconhecimento que buscava, ele acabou trocando as telas pela música nos anos 1980, assumindo sua paixão pelo jazz como integrante da banda do clube Blue Note, em Nova York. Tocou trompete e flugelhorn por vários anos no clube mais tradicional do jazz americano.