A Netflix está sendo processada por difamação na Suécia por conta da série “Assassinato do Primeiro-Ministro”, lançada em 5 de novembro.
A trama gira em torno do assassinato do primeiro-ministro sueco Olof Palme em 1986 e aponta Stig Engström, que trabalhava para uma seguradora perto da cena do crime, como o suposto assassino. Esta é a conclusão da polícia, que só veio à tona no ano passado, após 35 anos de investigações.
O detalhe é que Engström nunca foi capaz de se defender da acusação, já que morreu em 2000. Por conta disso, sua incriminação pela série seria um “caso muito claro de difamação” segundo o processo.
O denunciante, cuja identidade é mantida em sigilo, acusa a Netflix de ter introduzido elementos “completamente infundados” em seu roteiro para apresentar Engström como o criminoso.
O caso é envolto em muito mistério, já que Olof Palme foi morto enquanto caminhava pela rua mais movimentada de Estocolmo, em uma noite de sexta-feira. Ele recebeu tiros pelas costas quando voltava do cinema com sua esposa, sem guarda-costas.
Ninguém viu direito o assassino, mas Engström se apresentou como testemunha desde o início da investigação.
A série escrita por Niklas Rockström e Wilhelm Behrman (autores de “Califado”) se baseia num livro do escritor Thomas Pettersson e retrata Engström como o assassino de Palme, destacando suas tentativas de se esquivar do crime. Apesar disso, um texto, ao final de cada episódio, lembra que se trata de uma obra de ficção e que nunca ficou provado que Engström foi realmente o assassino.
Veja abaixo o trailer de “Assassinato do Primeiro-Ministro”