Sabia que o Brasil é um dos poucos países em que “Round 6” é “Round 6”? Só os assinantes brasileiros acompanharam a série com este nome, enquanto o resto do mundo conheceu o novo fenômeno popular da Netflix como “Squid Game”.
Então, porque a série não é “Squid Game” por aqui?
A internet tem suas teorias. A tradução literal de “Squid Game” é “Jogo da Lula”. A opção de mudar o nome seria, então, política, para evitar qualquer referência como o “Jogo do Lula”, o ex-presidente que lidera as pesquisas de intenção de voto para voltar ao poder em 2022. Afinal, os vilões são a elite VIP, que se diverte enquanto o povo luta para sobreviver e ignora pequenas corrupções de seus representantes.
A explicação oficial, porém, é outra. A série teria recebido outro nome por aqui porque o tal jogo da Lula, que é o sexto e último jogo da trama, não tem conexão com a realidade brasileira. Enquanto os brasileiros conhecem bolinhas de gude e cabo de guerra, que figuram entre as disputas, o tal Jogo da Lula não faz parte da cultura nacional. Por isso, houve a opção de adotar o título alternativo da produção, que se refere ao fato de haver seis “rounds” (rodadas) de jogos na trama.
Na verdade, a origem da denominação “Round 6” (com a pronúncia “six” do número em inglês) encontra-se na apresentação original do projeto. O primeiro nome anunciado para a série, mundialmente, em setembro de 2019, foi exatamente este. “A Netflix Inc., serviço líder mundial de entretenimento na Internet, anunciou que o premiado diretor Hwang Dong-hyuk produzirá uma nova série original coreana, Round Six”, comunicou a plataforma na época.
De lá para cá, “Round 6” virou “Squid Game” para outros países, mesmo naqueles que não tem o Jogo da Lula entre suas tradições – como a Argentina, que exibe a série como “El Juego del Calamar”. Sim, é Lula lá.