A modelo e atriz Emily Ratajkowski (“Privacidade Violada”), que participou do clipe da música “Blurred Lines”, maior sucesso de Robin Thicke, acusou o cantor de assédio sexual durante as gravações em sua biografia “My Body”, que teve alguns trechos adiantados pela revista americana Rolling Stone.
No texto, Emily explicou que aceitou aparecer pelada no clipe, pois confiava na diretora do projeto, Diana Martel. Entretanto, o cantor chegou bêbado no set.
“De repente, do nada, eu senti a pele gelada das mãos de alguém envolvendo meus seios nus. Eu instintivamente me afastei, olhei para trás, e vi que era Robin Thicke. Ele deu um sorriso debochado e alguns passos para trás, os olhos escondidos pelos óculos escuros. Minha cabeça se virou para o outro lado quando ouvi a voz de Diane gritando: ‘Você está bem?'”, descreve o texto.
Ela acrescentou que evita pensar naquele momento, por isso demorou tanto para acusar o artista, e também queria proteger a reputação da diretora, que sempre tentou manter um lugar seguro para as modelos.
A diretora confirmou o relato de Ratajkowski em entrevista recente ao jornal britânico The Sunday Times.
“Eu me lembro do momento em que ele fez isso, pegou um seio dela em cada mão. Eu gritei com o meu sotaque do Brooklyn: ‘Que merd* você está fazendo? Acabou por hoje, chega!’. Robin se desculpou depois”, Martel revelou.
Um dos maiores sucessos de 2013, “Blurred Lines” impulsionou a carreira do cantor. O clipe atingiu mais de 760 milhões de visualizações no YouTube. Mas a música se tornou amaldiçoada para o futuro de Thicke.
Meses depois do lançamento, ele fez um dueto com Miley Cyrus no Video Music Awards (VMA) que deu muito o que falar. A performance de Miley, que espontaneamente decidiu simular sexo ao vivo com o cantor durante a apresentação de “Blurred Lines”, teria sido responsável pelo fim de seu casamento de nove anos. Após a apresentação, o cantor e a esposa, a atriz Paula Patton, entraram em uma discussão acalorada e, para piorar a situação, fotos flagraram Thicke apalpando uma moça durante uma das festas pós-VMA. Em seguida, Patton entrou com pedido de divórcio.
Passados mais cinco anos, Thicke e o produtor-compositor Pharrell Williams foram condenados por plágio na gravação de “Blurred Lines” e precisaram indenizar em quase US$ 5 milhões a família de Marvin Gaye por copiarem no hit a música “Got to Give it Up”, lançada por Gaye em 1977.
Veja abaixo o clipe original da canção, na versão liberada para menores.