A fame de Jean-Paul Belmondo ajudou a divulgar Brasília para o mundo. O astro mais popular do cinema francês, falecido nesta segunda (6/9), foi o primeiro artista internacional a filmar na cidade.
Belmondo veio ao país em 1963, três anos anos após a inauguração da nova capital, com o diretor Philippe de Broca para rodar “O Homem do Rio”, uma aventura mirabolante em que o protagonista buscava um artefato amaldiçoado e sua namorada (Françoise Dorléac) sequestrada no Brasil.
O filme teve as principais cenas filmadas no Rio de Janeiro, em meio a praias e ao Parque da Tijuca, transformado na floresta amazônica na trama. Mas a produção também foi atraída pela novidade de uma cidade erguida no meio do nada, quase de uma hora para outra (na verdade, em cinco anos), com prédios totalmente modernistas.
A produção usou a Praça dos Três poderes, O Palácio do Planalto e o Congresso Federal como palco de cenas de perseguição.
Quando o filme estreou em Paris, contou com um brasileiro ilustre na plateia. O arquiteto Oscar Niemeyer fez questão de citar o filme em um de seus livros biográficos, ao contar que se emocionou na sessão no Champs-Elysées, quando o filme mostrou a Praça dos Três Poderes e a imagem foi aplaudida pelo público francês, com elogios a sua arquitetura.
Lançado em 1964, “O Homem do Rio” foi um grande sucesso internacional de bilheteria e ainda recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhor Roteiro Original.
Veja abaixo o trailer da nova versão restaurada do filme.