O ator Basil Hoffman, que estrelou os filmes vencedores do Oscar “Gente como a Gente” (1980) e “O Artista” (2011) morreu na sexta-feira passada (17/9) aos 83 anos.
Ele tinha mais de 100 créditos como ator de cinema e televisão, além de ter trabalhado como professor de atuação, mas nunca foi verdadeiramente famoso.
Nascido e criado em Houston, Hoffman se formou em economia, mas abandonou a carreira para se mudar para Nova York e realizar seu sonho de se tornar um ator. Sem conseguir mais que pequenos papéis em peças pouco vistas e em gravações de comerciais, foi adiante, mudando-se para Los Angeles, onde emplacou vários papéis seguidos em episódios de séries. Nos primeiros cinco anos, entre 1974 e 1979, ele apareceu em quase 30 séries diferentes – de “Kung Fu” a “M*A*S*H”.
Paralelamente, começou também a figurar em filmes famosos, incluindo “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977) e três sucesso de Robert Redford, “Os Aventureiros do Lucky Lady” (1975), “Todos os Homens do Presidente” (1976) e “O Cavaleiro Elétrico” (1979).
Hoffman e Redford acabaram ficando amigos e quando o astro estreou como diretor, deu ao figurante um de seus poucos papéis com nome e diálogos: Sloan em “Gente como a Gente”. O melodrama sobre uma família enlutada surpreendeu a crítica ao vencer o Oscar contra o favorito “O Touro Indomável”, de Martin Scorsese.
Ele voltou a atuar para Redford em “Rebelião em Milagro” (1988) e participou de vários outros filmes bem-sucedidos sem nunca se destacar. Em “O Artista”, por exemplo, interpretou um leiloeiro numa cena breve.
Os maiores papéis de sua carreira foram participações recorrentes em duas séries dos anos 1980, “Chumbo Grosso” (Hill Street Blues) e “Square Pegs”. Mas nunca desistiu de atuar nem se aposentou. Ele deixou nada menos que cinco trabalhos completos, entre longas, curtas e séries, atualmente em pós-produção.