O diretor de cinema russo Vladimir Menshov, premiado com o Oscar em 1981, morreu de covid-19 nesta segunda (5/7), aos 81 anos
Nascido em 1939 em Baku, no Azerbaijão soviético, Vladimir Menshov começou a filmar curtas em 1968, antes de estrear como roteiristas de em 1974 e dirigir seu primeiro longa em 1977, “Practical Joke”.
Ele se mundialmente conhecido por seu segundo filme de longa-metragem, “Moscou não Acredita em Lágrimas” (1980), que venceu o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, um dos dois únicos prêmios da Academia conquistados pela União Soviética. Menshov escreveu, dirigiu, produziu e atuou no filme, que acompanhava a vida de três mulheres, da juventude ao começo da velhice, refletindo seus sonhos e desejos ao virem de cidades pequenas para Moscou.
Seus filmes seguintes não tiveram o mesmo alcance, mas sua comédia “Love and Pigeons”, lançada em 1984, encontrou grande sucesso local e continua sendo uma das mais assistidas na televisão russa.
Menshov também se destacou como ator, sendo convidado a participar de projetos de vários colegas após atuar em “Moscou não Acredita em Lágrimas”.
Ele participou de cerca de 100 filmes russos como ator, incluindo alguns sucessos de alcance internacional, como “O Mensageiro” (1986) e “Cidade Zero” (1988), de Karen Shakhnazarov, além do terror “Guardiões do Dia” (2006), de Timur Bekmambetov.
Um de seus últimos trabalhos, “Legenda No. 17”, lhe rendeu o Georges, prêmio Nacional do Cinema Russo, como Melhor Ator Coadjuvante em 2013.
Além da carreira na indústria cinematográfica, ele também deu aulas de direção na VGIK (Instituto Gerasimov de Cinematografia), prestigiosa escola de cinema de Moscou.