“G.I. Joe Origens: Snake Eyes” é destruído pela crítica americana

As primeiras críticas registram um grande desapontamento da imprensa norte-americana com “G.I. Joe Origens: Snake Eyes”. Com 59 resenhas computadas, o filme atingiu apenas 44% de aprovação no Rotten Tomatoes – e […]

Divulgação/Paramount

As primeiras críticas registram um grande desapontamento da imprensa norte-americana com “G.I. Joe Origens: Snake Eyes”. Com 59 resenhas computadas, o filme atingiu apenas 44% de aprovação no Rotten Tomatoes – e o número vem caindo, conforme as publicações são indexadas.

Apenas as performances do elenco, em particular Henry Golding (“Podres de Ricos”) no papel-título e Andrew Koji (da série “Warrior”) como seu antagonista Storm Shadow, foram poupadas. Ganharam até elogios.

Mas o trabalho de Robert Schwentke, que assinou dois filmes da franquia “Divergente”, chegou a ser chamado de pior direção de um blockbuster de ação em todos os tempos.

“É como se Schwentke operasse a partir de uma lista de esperados clichês de filmes de ação e apressasse todos eles”, publicou o jornal Seattle Times.

“Schwentke abusa das firulas e o resultado é que os cortes rápidos e close-ups obscurecem a ação ao invés de destacá-la”, apontou a revista Entertainment Weekly.

“É quase comovente ver tudo fracassar como filme de ação, porque há muitos socos e poses icônicas, e espetáculo ninja de grande orçamento. Mas apesar da encenação impressionante e trabalho de dublê impecável, as lutas e perseguições são filmadas por ‘shaky cam’ (câmera tremida) arbitrária e editadas com uma falta clareza do tipo que demora 15 cortes para retratar alguém pulando uma cerca”, descreveu a revista Forbes.

“A ação parece ótima quando podemos ver. Mas o diretor Robert Schwentke, infelizmente, optou por capturar muito disso em close-ups de câmera sacudida e editados com muitos cortes rápidos, diluindo a força dos golpes em vez de aumentar seu impacto”, ecoou o jornal Los Angeles Times.

As reclamações também se dirigiram ao roteiro escrito pelo grego Evan Spiliotopoulos, cheio de filmes pouco recomendáveis no currículo, como “Hércules” (2014) e “O Caçador e a Rainha do Gelo” (2016).

“O roteiro é marcado por clichês, obviedades e previsibilidade sem fim”, lamentou o jornal inglês The Observer.

“É um filme de super-heróis medíocre”, resumiu o jornal San Francisco Chronicle.

“Pega o GI Joe mais popular e o desmistifica totalmente até que tudo o que resta na tela é um cara com uma espada”, acrescentou o site Screen Crush.

“O verdadeiro pecado é que Snake Eyes como personagem é mortalmente tedioso. Ele mal tem personalidade”, descreveu a crítica da agência Associeted Press.

“O drama é confuso, a ação é turva e o enredo fica cada vez mais idiota até que, no final, todas as tentativas deste filme de relançar a franquia ‘GI Joe’ explodem”, finalizou o site The Wrap.

Mas houve quem gostasse.

“‘G.I. Joe Origens: Snake Eyes’ é provavelmente o melhor filme possível com o nome ‘G.I. Joe’ em seu título”, parece ter elogiado a revista Variety.

“Em termos de filmes pipoca descaradamente corporativos, ‘Snake Eyes’ é melhor do que a maioria. Isso não é um grande elogio, mas considerando o pedigree estúpido do filme, é melhor que nada”, ponderou mais claramente a revista The Hollywood Reporter.

O filme estreia nesta sexta (23/7) nos EUA, mas vai demorar quase um mês para chegar ao Brasil, onde o lançamento está marcado para 19 de agosto.