A empresa Dr. Seuss Enterprises anunciou ter suspendido a publicação e venda de seis livros escritos por Dr. Seuss, autor de clássicos como “O Gato de Chapéu” e “Como o Grinch Roubou o Natal”, por considerar que alguns de seus desenhos eram racistas.
Os livros suspensos não estão entre os mais conhecidos do escritor – entre eles, estão “And to Think That I Saw It on Mulberry Street” e “If I Ran the Zoo”. E dexiarão de ser publicados porque “retratam as pessoas de uma maneira errada e dolorosa”, disse a empresa em um comunicado publicado nas redes sociais nesta terça (2/3), data que marca o aniversário de Theodor Geisel (1904-1991), nome verdadeiro do escritor infantil Dr. Seuss.
A empresa disse que um grupo de especialistas, que incluiu educadores, revisou todo o seu catálogo e censurou esses seis livros com o objetivo de “apoiar todas as crianças e famílias com mensagens de esperança, inspiração, inclusão e amizade”.
Em um dos livros, dois homens originários da África aparecem com o peito nu, sem sapatos, enquanto carregam um animal exótico. Em outro, os olhos de um personagem descrito como chinês são pintados com duas linhas pretas. O homem veste sapatos tradicionais japoneses e aparece com um bolo de arroz e palitos.
A decisão, que segundo a empresa já foi implementada, levanta o debate nos EUA sobre a publicação e leitura (especialmente em escolas) de livros antigos que empregam termos racistas ou têm ilustrações consideradas racistas.
No Brasil, essa discussão tem acontecido em torno das publicações de Monteiro Lobato.
Traduzidos para dezenas de idiomas e publicados em mais de 100 países, os livros do Dr. Seuss também movimentam um negócio milionário de adaptações para o cinema e plataformas de streaming.