Em surto negacionista, Victoria Abril ataca isolamento social e vacinação contra covid-19

A atriz espanhola Victoria Abril causou furor nas redes sociais nesta semana ao atacar a prática de isolamento social e a vacinação contra o coronavírus. Estrela de muitos filmes de Pedro Almodóvar […]

Divulgação/Premio Feroz

A atriz espanhola Victoria Abril causou furor nas redes sociais nesta semana ao atacar a prática de isolamento social e a vacinação contra o coronavírus. Estrela de muitos filmes de Pedro Almodóvar (“Ata-me”, “Kika”) e Vicente Aranda (“Os Amantes”, “Intruso”), a estrela surpreendeu seus fãs com um discurso radicalmente negacionista.

Durante uma entrevista coletiva dedicada à sua consagração no Prêmio Feroz (uma espécie de Globo de Ouro espanhol) pelas realizações de sua carreira , a atriz que vive atualmente em Paris declarou que a Europa vive um “coronacirco” e atacou as medidas de contenção da pandemia. Seu ataque mirou particularmente o governo francês que, segundo ela, “pediu mais um ano para emitir decretos e tirar 100% dos direitos e liberdades” do povo.

“O medo te impede de viver. Pior do que perder a vida é perder a razão de viver. Basta!”, disse a atriz, que não poupou sequer as iniciativas de vacinação, chamando as vacinas de “experimentais” e responsáveis por transformar as pessoas em “cobaias”.

Para completar, ela defendeu que a “a solução é voltar à imunidade coletiva, como fez a Suécia”.

Sem ter optado por isolamento, a Suécia virou o principal foco de coronavírus na Europa. O país, que evitou o fechamento de setores comerciais e a adoção de restrições mais severas para a população durante os primeiros meses da pandemia, agora envia ao Parlamento leis para a imposição de um lockdown severo.

A demora para tomar esta decisão custou milhares de vidas, deixou a covid-19 fora de controle, ocasionou UTIs lotadas e debandada de profissionais de saúde do país, resultando no pior desempenho no combate à doença em toda a Europa, relativamente ao tamanho de sua população.

A jornalista María Guerra, presidente da organização responsável pelo Prêmio Feroz, deixou claro em seu Twitter que a organização da premiação não compartilha a opinião da atriz e defende que as pessoas se protejam do coronavírus.