O Grande Gatsby vai virar série do criador de Vikings

Grande clássico da literatura americana, “O Grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald, vai virar uma série limitada pelas mãos de Michael Hirst, o criador de “The Tudors” e “Vikings”. O projeto está […]

Divulgação/Warner Bros.

Grande clássico da literatura americana, “O Grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald, vai virar uma série limitada pelas mãos de Michael Hirst, o criador de “The Tudors” e “Vikings”.

O projeto está sendo desenvolvido numa coprodução da A+E Studios e ITV Studios e é descrito como uma versão reimaginada da obra de 1925. Em vez de retratar brancos milionários, a trama mergulhará na comunidade afro-americana de Nova York da década de 1920, explorando a vibrante subcultura musical da época – a era do jazz.

A série irá explorar as vidas ocultas de seus personagens pelo prisma fragmentado do sonho americano, ao mesmo tempo em que pretende capturar toda a maestria da visão atemporal de Fitzgerald.

“Parece que vivi com ‘Gatsby’ a maior parte da minha vida, lendo-o primeiro quando era um garoto, depois ensinando-o em Oxford na década de 1970 e relendo-o periodicamente desde então”, disse Hirst, em comunicado. “Como o crítico Lionel Trilling escreveu uma vez: ”O Grande Gatsby’ ainda está tão fresco como quando apareceu pela primeira vez, ele até ganhou em peso e relevância’. Hoje, enquanto a América busca se reinventar mais uma vez, é o momento perfeito para olhar com novos olhos para esta história atemporal, para explorar seus personagens famosos e icônicos através das lentes modernas de gênero, raça e orientação sexual. A visão profundamente romântica de Fitzgerald não o impediu de examinar e expor o ponto fraco da experiência americana, e é por isso que a história fala tanto da tragédia quanto da esperança, e por isso continuar ressoar até hoje”.

A produção conta com o apoio e aprovação de Blake Hazard, bisneta de Scott e Zelda Fitzgerald e curadora do espólio do escritor, que também atua como consultora produtora.

“Há muito tempo tenho sonhado com uma versão mais diversa e inclusiva de Gatsby que reflita melhor a América em que vivemos, uma que possa permitir que todos nós possamos nos ver no texto extremamente romântico de Scott”, disse Hazard. “Michael traz uma profunda reverência pelo trabalho de Scott para o projeto, mas também um destemor em trazer uma história tão icônica à vida de uma forma acessível e renovada. Estou muito feliz por fazer parte do projeto.”

Hirst vai escrever o piloto e assumir a produção-executiva, com supervisão de Farah Jasmine Griffin e William B. Ransford, pesquisadores de temas afro-americanos na Universidade de Columbia.

“O Grande Gatsby” já teve diversas adaptações para as telas, inclusive uma lançada em 1926, um ano após sua publicação. As versões mais conhecidas são as de 1974, estrelada por Robert Redford, e a de 2013, com Leonardo DiCaprio no papel-título. Este filme, dirigido por Baz Luhrmann, ganhou dois Oscars, por Melhor Figurino e Design de Produção (cenografia).