A cantora pop Demi Lovato, que nunca tinha feito uma canção política na carreira, lançou nesta semana “Commander in Chief”, uma balada triste em que critica duramente o presidente Donald Trump pela resposta de seu governo à pandemia de coronavírus e aos protestos antirracismo dos últimos meses.
O clipe chegou no Youtube na madrugada desta quinta (15/10), com pessoas de várias idades e de diferentes etnias dublando a letra. Lovato aparece apenas no fim, em um palco com luzes cintilantes, deixando as palavras ganharam força via a representatividade do povo ao seu redor.
A letra diz: “Honestamente, se eu fizesse as coisas que você faz/ Não conseguiria dormir/ Sério, será que você sequer sabe a verdade? /Estamos em um estado de crise, as pessoas estão morrendo/ Enquanto você engorda os bolsos/ Comandante-em-chefe, como é a sensação de ainda ser capaz de respirar?/…”
Ela apresentou “Commander in Chief” ao piano, durante o evento de premiação musical da revista Billboard na noite de quarta (14/10), e a mensagem foi considerada tão forte que a rede NBC, responsável pela transmissão do Billboard Music Awards, censurou a projeção da palavra “Vote” no cenário. Para os responsáveis pela decisão, a música era claramente negativa para Trump e a convocação ao voto soava como um incentivo ao voto contra o presidente.
O detalhe acabou causando polêmica nas redes sociais, após a própria NBC publicar uma imagem não censurada da apresentação, em que um “Vote” enorme, em letras brancas, podia ser visto atrás da cantora. Lovato retuitou a foto silenciosamente, sem fazer comentários.
Em uma entrevista à rede CNN americana, a cantora voltou a destacar que, mais que polemizar, seu objetivo é encorajar seus fãs a se engajarem na política e a votarem nas eleições de 3 de novembro nos EUA. “Precisamos comparecer às urnas e votar porque é muito importante que nossas vozes sejam ouvidas”, disse.