A atriz Jacqueline Scott, que integrou o elenco da série clássica “O Fugitivo”, morreu na quinta passada (23/7) de causas naturais, em sua casa em Los Angeles, aos 89 anos.
Nascida em 25 de junho de 1931, em Sikeston, Missouri, Scott começou a carreira artística em competições de sapateado aos 3 anos de idade. Ela passou a fazer teatro duas décadas mais tarde, apos se mudar para Nova York, chegando a participar de produções da Broadway.
Sua estreia no cinema aconteceu no terror “Macabre” (1958), de William Castle, que foi seguida por várias aparições em séries, entre elas “Mike Hammer”, “Perry Mason”, “77 Sunset Strip”, “Bat Masterson”, “Paladino do Oeste”, “Laramie”, “Gunsmoke”, “Os Intocáveis”, “Rota 66”, “Missão: Impossível”, “Além da Imaginação” e “5ª Dimensão” (The Outer Limits).
Em 1964, ela foi escalada para um pequeno papel na 1ª temporada de “O Fugitivo”, como Donna, a irmã casada de Richard Kimble (David Janssen), o fugitivo do título. A princípio prevista para um episódio, a personagem acabou voltando nas duas temporadas derradeiras do fenômeno de audiência da rede ABC, incluindo o capítulo final, assistido por 78 milhões de espectadores em 1967.
Outro registro marcante de seu currículo televisivo foi o episódio “The Parallel”, exibido em 1963 em “Além de Imaginação” (Twilight Zone), em que viveu a esposa de um astronauta (Steve Forrest), que voltava do espaço achando o mundo bem diferente de quando o deixou.
Scott também participou do cultuado filme B “Prisão de Mulheres” (1962), do western “O Último Tiro” (1968), em que foi casada com o xerife vivido por James Stewart, do suspense “Encurralado” (1971), de Steven Spielberg, e de três filmes de Don Siegel: o neo-noir “O Homem que Burlou a Máfia” (1973), como esposa de Walter Matthau, o thriller “O Telefone” (1977), com Charles Bronson, e a comédia “Jogando com a Vida” (1982).
Seus últimos papéis incluem uma participação na série “Arquivo Morto” (Cold Case) em 2004 e no filme “Sugar Boxx” (2009), homenagem trash aos dramas de “Prisão de Mulheres”, como o cult que ela estrelou nos anos 1960.
“Eu queria interpretar sempre personagens diferentes. E consegui fazer isso”, disse ela em uma entrevista de 2016.