O Festival de Toronto, que vai acontecer de forma híbrida em 2020, com algumas estreias presenciais (seguindo medidas de distanciamento e higiene contra o coronavírus) e exibições virtuais, revelou sua seleção de filmes nesta quinta (30/7).
A lista inclui um filme brasileiro, “Casa de Antiguidades”, longa de João Paulo Miranda Maria estrelado por Antônio Pitanga, que retrata a vida de um operário negro em uma cidade fictícia de colonização austríaca no Brasil.
O filme também estaria no Festival de Cannes, que acabou cancelado, e recentemente ganhou o selo de aprovação dos organizadores do evento francês — que, apesar de ter desistido de uma edição tradicional em 2020 por causa da pandemia, referendou as produções que teria exibido caso pudesse.
A relação de Toronto inclui ainda diversas obras de cineastas consagrados, como Werner Herzog, Thomas Vinterberg, Chloé Zhao, François Ozon, Naomi Kawase e Spike Lee, além de filmes que marcam as estreias na direção de atores como Halle Berry, Regina King e Viggo Mortensen.
Os organizadores prometeram entrevistas coletivas virtuais, assim como a realização de seu tradicional mercado de negócios de forma remota e online.
“Começamos este ano planejando um 45º Festival igual a nossas edições anteriores”, disse Cameron Bailey, diretor artístico do festival, “mas ao longo do caminho tivemos que repensar quase tudo. A programação deste ano reflete esse tumulto. Os nomes que vocês já conhecem estão lançando coisas novas neste ano, e há uma série de novos nomes interessantes para descobrir. Somos gratos a todos os cineastas e empresas que se juntaram a nós nessa aventura e mal podemos esperar para compartilhar esses filmes brilhantes com nosso público.”
Considerado o maior e mais importante festival de cinema da América do Norte, o evento vai acontecer entre os dias 10 e 19 de setembro na cidade canadense de Toronto.
Confira abaixo a lista completa de títulos anunciados pela organização do festival.
“180 Degree Rule”, de Farnoosh Samadi (Irã)
“76 Days”, de Hao Wu, Anonymous, Weixi Chen (EUA)
“Ammonite”, de Francis Lee (Reino Unido)
“Druk”, de Thomas Vinterberg (Dinamarca)
“Bandar Band”, de Manijeh Hekmat (Irã/Alemanha)
“Beans”, de Tracey Deer (Canadá)
“Dasatskisi”, de Dea Kulumbegashvili (Geórgia/França)
“Bu Zhi Bu Xiu”, de Wang Jing (China)
“Bruised”, de Halle Berry (EUA)
“City Hall”, de Frederick Wiseman (EUA)
“Concrete Cowboy”, de Ricky Staub (EUA)
“David Byrne’s American Utopia”, de Spike Lee (EUA)
“The Disciple”, de Chaitanya Tamhane (Índia)
“Enemies of the State”, de Sonia Kennebeck (EUA)
“Falling”, de Viggo Mortensen (Canadá/Reino Unido)
“The Father”, de Florian Zeller (Reino Unido/França)
“Fauna”, de Nicolás Pereda | México/Canadá
“Fireball: Visitors from Darker Worlds”, de Werner Herzog, Clive Oppenheimer (Reino Unido/EUA)
“Gaza, Mon Amour”, de Tarzan Nasser, Arab Nasser (França/Alemanha/Portugal/Palestina/Qatar)
“Tao Chu Li Fa Yuan”, de I-Fan Wang (Taiwan)
“Good Joe Bell”, de Reinaldo Marcus Green (EUA)
“I Care A Lot”, de J Blakeson (Reino Unido)
“Inconvenient Indian”, de Michelle Latimer (Canadá)
“The Inheritance”, de Ephraim Asili (EUA)
“Ash Ya Captain”, de Mayye Zayed (Egito/Alemanha/Dinamarca)
“Limbo”, de Ben Sharrock (Reino Unido)
“Casa de Antiguidades”, de João Paulo Miranda Maria (Brasil/França)
“MLK/FBI”, de Sam Pollard (EUA)
“The New Corporation: The Unfortunately Necessary Sequel”, de Joel Bakan, Jennifer Abbott (Canadá)
“Nuevo Orden”, de Michel Franco (México)
“La Nuit des Rois”, de Philippe Lacôte (Costa do Marfim/França/Canadá/Senegal)
“Nomadland”, de Chloé Zhao (EUA)
“No Ordinary Man”, de Aisling Chin-Yee, Chase Joynt (Canadá)
“Notturno”, de Gianfranco Rosi (Itália/França/Alemanha)
“One Night in Miami”, de Regina King (EUA)
“Penguin Bloom”, de Glendyn Ivin (Austrália)
“Pieces of a Woman”, de Kornél Mundruczó (EUA/Canadá/Hungria)
“Felkészülés Meghatározatlan Ideig Tartó Együttlétre”, de Lili Horvát (Hungria)
“Quo Vadis, Aïda?”, de Jasmila Žbanić (Bósnia Herzegovina/Noruega/Holanda/Áustria/França/Alemanha/Polônia/Turquia)
“Shadow In The Cloud”, de Roseanne Liang (EUA/Nova Zelândia)
“Shiva Baby”, de Emma Seligman (EUA/Canadá)
“Spring Blossom”, de Suzanne Lindon (França)
“A Suitable Boy”, de Mira Nair (Reino Unido/Índia)
“Été 85”, de François Ozon (França)
“The Third Day”, de Felix Barrett, Dennis Kelly (Reino Unido)
“Trickster”, de Michelle Latimer (Canadá)
“Asa Ga Kuru”, de Naomi Kawase (Japão)
“Subarashiki Sekai”, de Miwa Nishikawa (Japão)
“Violation”, de Madeleine Sims-Fewer, Dusty Mancinelli (Canadá)
“Wildfire”, de Cathy Brady (Reino Unido/Irlanda)