A Netflix e a GLAAD, organização para o avanço das pautas LGBTQ+ na mídia, divulgaram nesta quarta (10/6) uma pesquisa feita no Brasil sobre séries com personagens LGBTQ+, que aponta algumas conclusões interessantes.
Para começar, cerca de 80% dos brasileiros que se identificam como heterossexuais disseram que séries como “Elite”, “Sex Education”, e personagens como Casey de “Atypical” e Robin de “Stranger Things” ajudaram a melhorar seus relacionamentos com pessoas LGBTQ+ em suas próprias vidas. Em outras palavras, ajudaram a acabar com o preconceito.
“Dada toda a polarização do mundo hoje, a representação nas telas importa mais do que nunca. A Netflix e os criadores de todo o mundo têm a oportunidade de aumentar a aceitação da comunidade LGBTQ+ por meio do entretenimento”, disse Monica Trasandes, diretora de mídia latinx e representação em língua espanhola da GLAAD, em comunicado. “Séries como ‘Sex Education’ e ‘Elite’ não são apenas grandes histórias, elas permitem que mais pessoas vejam suas vidas na tela – aumentando a empatia e a compreensão. Os dados comprovam: mais representatividade acelera a aceitação”.
Além disso, os participantes LGBTQ+ da pesquisa afirmaram que sentem que o entretenimento reflete sua comunidade com mais precisão agora do que há dois anos. No entanto, ainda existem algumas áreas importantes a serem aprimoradas para contar histórias queer significativas, incluindo narrativas com pais e famílias LGBTQ+, maior diversidade racial e situações que abordem a imagem corporal e os relacionamentos LGBTQ+ com familiares e amigos. Isso é particularmente importante, pois 85% dos participantes da comunidade LGBTQ+ disseram que o entretenimento ajudou suas famílias a entendê-los melhor.
A pesquisa constatou que os títulos e personagens da Netflix em que a comunidade LGBTQ+ se sentiu mais representada e que também foram os mais bem-sucedidos em criar empatia entre os não membros LGBTQ+ são:
Casey Gardner – “Atypical”
Eric Effiong – “Sex Education”
Lito Rodriguez – “Sense8”
Omar Shanaa – “Elite”
Piper Chapman – “Orange is the New Black”
Robin Buckley – “Stranger Things”
RuPaul – “RuPaul’s Drag Race”
Theo Putnam – “O Mundo Sombrio de Sabrina”
A plataforma de streaming também criou um endereço para oferecer uma coleção variada de séries, filmes e documentários de temática LGBTQ+ – no endereço Netflix.com/Orgulho.