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Empossada há dois meses, a secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, disse acreditar que está sendo "dispensada" pelo presidente Jair Bolsonaro."Que loucura isso, que loucura. Eu acho que ele está me dispensando", desabafou a ex-atriz para uma assessora, em uma conversa que foi gravada acidentalmente pela revista digital Crusoé.Segundo a publicação, o diálogo se deu depois que Regina ficou sabendo que o maestro Dante Mantovani foi renomeado nesta terça-feira (5/5) à presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte).A Crusoé diz ter ouvido a conversa após ligar para a assessora, que atendeu a ligação enquanto falava com a secretária."Eu já estava esperando. Essa noite eu passei a noite; acordava de uma em uma hora e falava assim: tá esquisito, tá muito esquisito", diz a atriz em outro trecho da ligação.O áudio divulgado pela revista contém apenas trechos da conversa completa.A nomeação de Mantovani foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (5/5). O ato foi assinado pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, apesar de a Fundação ser de competência da pasta de Regina. O mesmo ministro também tinha assinado a demissão de Mantovani, mas porque Regina ainda não tinha assumido como secretária.A demissão do olavista, que ficou conhecido após associar o rock ao aborto e satanismo, aconteceu no dia em que Regina tomou posse.Para quem não lembra, Dante Mantovani é o autor da seguinte pérola: "o rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo".Ele informou à imprensa que foi sondado na semana passada para voltar ao cargo por um assessor do Palácio do Planalto. E que não sabia se Regina Duarte, supostamente sua chefe, foi ao menos avisada.Sua volta ao posto aconteceu na véspera de uma reunião marcada entre Regina e Bolsonaro. Por conta disso, a ex-atriz e todo o mundo especularam que o presidente espera que ela peça demissão no encontro.Mas enquanto a "ala ideológica" (ou terraplanista) festeja a provável queda de Regina, a "ala política" receita o impacto de uma nova crise no governo, prevendo que a nomeação de Mantovani pode se tornar um novo “caso Valeixo”, a gota d’água para fazer Regina Duarte pedir demissão.O constrangimento criado contra a ex-atriz gerou tamanha repercussão - <a href="https://pipocamoderna.com.br/2020/05/bolsonaro-tenta-forcar-demissao-de-regina-duarte/">graças a artigos como este</a> - que Bolsonaro já teria voltado atrás.Segundo apurou Eliane Cantanhêde no jornal O Estado de S. Paulo, poucas horas após a publicação no Diário Oficial, o presidente tornou sem efeito o ato que renomeou Dante Mantovani para a presidência da Funarte.Para a colunista, Bolsonaro sentiu pressões de dentro e fora do Planalto para evitar uma nova crise.Entretanto, além de Mantovani, também foi nomeado Luciano Barbosa Querido, ex-auxiliar de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, para o cargo de número 2 da Funarte.Barbosa Querido trabalhou com Carlos na Câmara de Vereadores do Rio desde o início dos anos 2000 até o fim de 2017.A nomeação dele, publicada no "Diário Oficial da União", foi assinada pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio.Ele também foi empossado no cargo sem consulta à Regina Duarte.Regina e o presidente devem almoçar no Planalto nesta quarta (6/5), num encontro que pode render o anúncio de uma renovação do "casamento" ou do "divórcio".

Etc|5 de maio de 2020

Regina Duarte desabafa: “Tá esquisito, tá muito esquisito”

Empossada há dois meses, a secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, disse acreditar que está sendo “dispensada” pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Que loucura isso, que loucura. Eu acho que ele está me dispensando”, desabafou a ex-atriz para uma assessora, em uma conversa que foi gravada acidentalmente pela revista digital Crusoé.

Segundo a publicação, o diálogo se deu depois que Regina ficou sabendo que o maestro Dante Mantovani foi renomeado nesta terça-feira (5/5) à presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

A Crusoé diz ter ouvido a conversa após ligar para a assessora, que atendeu a ligação enquanto falava com a secretária.

“Eu já estava esperando. Essa noite eu passei a noite; acordava de uma em uma hora e falava assim: tá esquisito, tá muito esquisito”, diz a atriz em outro trecho da ligação.

O áudio divulgado pela revista contém apenas trechos da conversa completa.

A nomeação de Mantovani foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (5/5). O ato foi assinado pelo ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, apesar de a Fundação ser de competência da pasta de Regina. O mesmo ministro também tinha assinado a demissão de Mantovani, mas porque Regina ainda não tinha assumido como secretária.

A demissão do olavista, que ficou conhecido após associar o rock ao aborto e satanismo, aconteceu no dia em que Regina tomou posse.

Para quem não lembra, Dante Mantovani é o autor da seguinte pérola: “o rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. A indústria do aborto por sua vez alimenta uma coisa muito mais pesada que é o satanismo. O próprio John Lennon disse que fez um pacto com o diabo”.

Ele informou à imprensa que foi sondado na semana passada para voltar ao cargo por um assessor do Palácio do Planalto. E que não sabia se Regina Duarte, supostamente sua chefe, foi ao menos avisada.

Sua volta ao posto aconteceu na véspera de uma reunião marcada entre Regina e Bolsonaro. Por conta disso, a ex-atriz e todo o mundo especularam que o presidente espera que ela peça demissão no encontro.

Mas enquanto a “ala ideológica” (ou terraplanista) festeja a provável queda de Regina, a “ala política” receita o impacto de uma nova crise no governo, prevendo que a nomeação de Mantovani pode se tornar um novo “caso Valeixo”, a gota d’água para fazer Regina Duarte pedir demissão.

O constrangimento criado contra a ex-atriz gerou tamanha repercussão – graças a artigos como este – que Bolsonaro já teria voltado atrás.

Segundo apurou Eliane Cantanhêde no jornal O Estado de S. Paulo, poucas horas após a publicação no Diário Oficial, o presidente tornou sem efeito o ato que renomeou Dante Mantovani para a presidência da Funarte.

Para a colunista, Bolsonaro sentiu pressões de dentro e fora do Planalto para evitar uma nova crise.

Entretanto, além de Mantovani, também foi nomeado Luciano Barbosa Querido, ex-auxiliar de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, para o cargo de número 2 da Funarte.

Barbosa Querido trabalhou com Carlos na Câmara de Vereadores do Rio desde o início dos anos 2000 até o fim de 2017.

A nomeação dele, publicada no “Diário Oficial da União”, foi assinada pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio.

Ele também foi empossado no cargo sem consulta à Regina Duarte.

Regina e o presidente devem almoçar no Planalto nesta quarta (6/5), num encontro que pode render o anúncio de uma renovação do “casamento” ou do “divórcio”.

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Marcel Plasse

Marcel Plasse é jornalista, participou da geração histórica da revista de música Bizz, editou as primeiras graphic novels lançadas no Brasil, criou a revista Set de cinema, foi crítico na Folha, Estadão e Valor Econômico, escreveu na Playboy, assinou colunas na Superinteressante e DVD News, produziu discos indies e é criador e editor do site Pipoca Moderna.

@Pipoca Moderna 2025
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