A Apple está disposta a tirar Martin Scorsese da Netflix, que lançou “O Irlandês” no ano passado. A plataforma de streaming Apple TV+ negocia virar a parceira comercial do diretor em seu próximo filme, “Killers of the Flower Moon”.
Segundo a revista Variety, a gigante da informática abriu negociações avançadas com a Paramount para coproduzir e bancar o projeto, mas o estúdio quer manter os direitos de distribuição no cinema – um pedido também de Scorsese. A conferir.
O filme é uma adaptação do livro “Assassinos da Lua das Flores: Petróleo, Morte e a Criação do FBI”, de David Grann (autor de “Z: A Cidade Perdida”), e será o primeiro a juntar os dois atores mais importantes da carreira de Scorsese, Robert De Niro e Leonardo DiCaprio, que nunca tinham estrelado juntos um longa para o diretor.
Adaptada pelo veterano roteirista Eric Roth (vencedor do Oscar por “Forrest Gump”), a trama envolve o massacre da nação Osage, tribo indígena dos EUA, durante a década de 1920. Considerado um dos crimes mais chocantes da história americana, a morte de quase todos os membros da tribo ocorreu pouco depois da descoberta de petróleo em suas terras. O caso gerou uma das primeiras grandes investigações da história do FBI, fundado em 1908.
A Paramount buscou auxílio no universo do streaming para ajudar a bancar as filmagens, porque se trata de uma superprodução. Só os salários de Scorsese, DiCaprio e DeNiro corresponderiam a cerca de US$ 60 milhões. Embora o valor total do orçamento não tenha sido revelado, estima-se que ele possa sair mais caro que “O Irlandês”.
Como sugestão de custo, a Netflix ofereceu US$ 220 milhões para produzir “Killers of the Flower Moon” e a Paramount achou pouco, buscando uma oferta superior na Apple.
De acordo com a Variety, o negócio deve ser fechado nos próximos dias.